Após a publicação desta reportagem, o Fantástico, da TV Globo, ouviu os envolvidos no caso e revelou que a autora do vídeo não foi a mãe, mas outra pessoa que não tem qualquer parentesco com a passageira, tampouco com a criança que estava chorando. Apesar da reviravolta, o entendimento de especialistas é o mesmo: cabe indenização por dano moral e há espaço para condenações por difamação e injúria. O título e o texto foram corrigidos.
A administradora de empresas Jeniffer Castro, que viralizou nas redes sociais após ser filmada por se recusar ceder um assento no avião para uma criança e ser acusada de falta de empatia, já obteve mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram. Antes do vídeo, a mulher que ficou conhecida como "a moça da janela", não chegava a 1.100 participantes na lista de contatos no perfil da rede social.
Questionada se não iria contar o que teria acontecido durante um voo em uma sequência de fotos recém-compartilhadas de uma viagem ao Rio de Janeiro, ela respondeu que iria se pronunciar. 'Deixa eu me recuperar', avisou.
Conforme o perfil no LinkedIn, Jeniffer é formada em administração pela Faculdade de Nova Serrana, cidade a 124 km de Belo Horizonte, Minas Gerais, e trabalha há três anos como agente de negócios no Bradesco. A briga continua na Justiça. Segundo a advogada da administradora, ela pretende processar as pessoas por trás do vídeo pelos crimes de difamação e injúria.
O programa Fantástico, da TV Globo, divulgou no domingo (8) entrevista com as partes envolvidas no caso, inclusive Eluciana Cardoso, autora do vídeo. A mãe da criança, Aline Rizzo, foi muito criticada por pessoas que acreditavam que era dela a autoria da gravação. "Eu não agredi, não xinguei, não filmei. Foi outra passageira", disse.
Segundo Aline, que viajava com mais sete pessoas (incluindo seus três filhos), eles foram os primeiros a embarcar. Enquanto ela acomodava o filho cadeirante, o outro, de 4 anos, seguiu em frente e se sentou ao lado da avó, na janela que a Jeniffer havia comprado.
A criança queria ficar perto da avó, mas acabou saindo com a mãe e sentando no assento da janela do lado oposto, dizendo que queria voltar. Depois que a aeromoça pediu para que todos colocassem o cinto, o filho de Aline começou a chorar e gritar.
Nesse momento, alguns passageiros começaram a comentar sobre a situação, incluindo Eluciana, que decidiu conversar com Jeniffer. Foi neste momento que o vídeo foi gravado. A passageira enviou a gravação para a filha dela, Marianna, de 23 anos, que publicou o vídeo. Ela afirma que tentou esconder o rosto de Jeniffer, mas não conseguiu e só percebeu o erro horas mais tarde, quando o vídeo já tinha viralizado.
Com informações da Folha de São Paulo
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