Presa no dia 30 de julho suspeita de torturar um bebê de dois meses de vida, a técnica de enfermagem Brenda Assunpção Rodrigues dos Santos, de 31 anos, sofreu uma suspensão cautelar do exercício profissional, medida divulgada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) na segunda-feira (23). Ao decidir pela suspensão da profissional, a entidade considerou "graves" as denúncias contra a profissional. A medida vale até o final do processo de julgamento do Conselho.
Ainda que Brenda tenha sido suspensa em setembro, a técnica de enfermagem está presa há quase dois meses. A prisão aconteceu no dia 30 de julho, no hospital em que ela trabalhava, em Cariacica. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a suspeita está atualmente no Centro Prisional Feminino de Cariacica.
Procurada pela reportagem de A Gazeta nesta quarta-feira (25), a Polícia Civil informou que o Inquérito Policial (IP) da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) foi finalizado no início de agosto. A suspeita foi indiciada por tortura qualificada.
Na delegacia, Brenda Assunpção Rodrigues dos Santos optou por não se manifestar, preferindo se pronunciar apenas em juízo, embora não tenha negado o crime. "O caso já virou ação penal, e ela é ré no processo", informou a corporação.
Além do trabalho com o bebê de um casal em Vitória, a técnica de enfermagem trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica de um hospital de Cariacica. A mãe do bebê passou a desconfiar da atuação da profissional, uma vez que o filho estava com hematomas no corpo. Segundo a polícia divulgou na época, os atos de tortura foram constatados por meio de câmeras.
A adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Gabriela Enne, explicou que a técnica, que trabalhou na residência por um mês e meio, dava tapas e socos no bebê, levantava a criança pelo pescoço e chegou a tentar sufocar a criança em algumas ocasiões.
A reportagem de A Gazeta procura a defesa de Brenda Assunpção Rodrigues dos Santos para se manifestar sobre a decisão, e este espaço está aberto para um posicionamento.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta