Atriz Theresa Amayo morreu com câncer de rim; veja os sintomas e saiba como prevenir

Esse câncer pode ser silencioso e não apresentar sinais e sintomas. A presença de sangue na urina é um dos principais sinais. Outros alertas podem ser a dor lombar em um dos lados do corpo, massa palpável na lateral ou na região lombar, fadiga e febre

Vitória
Publicado em 26/01/2022 às 15h17
Theresa Amayo

Theresa Amayo estava em casa e lutava contra a doença desde o ano passado. Crédito: Reprodução @theresa.amayo

A atriz Theresa Amayo morreu, no início da semana, aos 88 anos, em decorrência de um câncer no rim. Ela estava em casa e lutava contra a doença desde o ano passado.

O rim é um órgão responsável por diversas funções no organismo, como a filtragem do sangue para eliminar substâncias nocivas, regulação da pressão sanguínea e produção de hormônios. "O tumor nessa região é mais frequente em homens e em pessoas com mais idade, acima dos 50 anos. Entre os tipos de tumor, o mais comum é o câncer renal de células claras, com origem nas células dos túbulos responsáveis por filtrar as impurezas do sangue. Eles representam 70% a 90% dos casos de câncer no rim", explica a oncologista Fernanda Cesar, do Cecon Oncoclínicas. 

Esse tipo de câncer tem a incidência estimada entre 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes, principalmente em pessoas acima dos 60 anos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra mais de 6 mil casos por ano. "Alguns dos riscos que podem desencadear a doença são o tabagismo, que também é um fator de risco para outros tipos de tumores, a pressão arterial elevada, a obesidade e a idade. O histórico familiar também deve ser considerado, já que aumenta as chances de desenvolvimento da doença", explica Fernanda Cesar. 

"A presença de urina no sangue é um dos principais sinais. Outros alertas podem ser a dor lombar em um dos lados do corpo, massa palpável na lateral ou na região lombar, fadiga e febre. Alguns desses sintomas também podem ser alerta de outras doenças nos rins, por isso, é importante a avaliação de um especialista"

"A presença de urina no sangue é um dos principais sinais. Outros alertas podem ser a dor lombar em um dos lados do corpo, massa palpável na lateral ou na região lombar, fadiga e febre. Alguns desses sintomas também podem ser alerta de outras doenças nos rins, por isso, é importante a avaliação de um especialista"

Fernanda Cesar

TRATAMENTO

A oncologista clínica Virgínia Altoé Sessa explica que outros sintomas são o sangramento na urina, a dor abdominal ou lombar, massa abdominal, emagrecimento, febre persistente, fadiga e hemodiálise. Um dos primeiros exames realizados para diagnóstico desse câncer é o exame de urina. "O diagnóstico pode ser feito por meio de ultrassonografia de rins ou tomografia de abdômen total. Esses exames suspeitam da doença. O diagnóstico confirmatório se dá por meio da biópsia ou retirada do tumor", diz Virgínia Altoé.  

A médica explica que o principal tratamento precoce é a cirurgia. "Caso a doença esteja avançada, ou seja, acometendo outros órgãos além do rim, então o tratamento pode ser feito com imunoterapia e/ou quimioterapia. A radioterapia normalmente não é utilizada para tratar o câncer localmente, mas pode ser útil para tratar alguma metástase", conta.

"Existe também um procedimento chamado embolização, que consiste em injetar uma substância no tumor capaz de fazer com que ele necrose, impedindo que o tumor receba sangue e nutrientes para continuar crescendo"

"Existe também um procedimento chamado embolização, que consiste em injetar uma substância no tumor capaz de fazer com que ele necrose, impedindo que o tumor receba sangue e nutrientes para continuar crescendo"

Virgínia Altoé Sessa

Uma das principais dicas das especialistas é se prevenir. "A melhor forma de prevenção é evitar o tabagismo. Manter uma rotina com alimentação equilibrada, ingestão de líquido e prática de exercícios também é essencial. Outra estratégica preventiva é manter um controle da pressão arterial, que também é um fator de risco para as células renais", finaliza a oncologista Fernanda Cesar. 

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