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Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 10:23
A Associação Brasileira de Promotores de Eventos, regional Espírito Santo (Abrape-ES), está otimista s festas de réveillon e carnaval. Isso porque os eventos fechados já estão permitidos há algum tempo com o controle de acesso. Pablo Pacheco, diretor regional da Abrape, conta que na última segunda-feira aconteceu uma reunião com o Governo do Estado sobre as festas fechadas.
"Foi muito positiva em relação aos eventos com controle de acesso. A conversa foi no sentido de avançarmos para a realização dos eventos. Iremos trabalhar na campanha de incentivo a vacinação para continuar avançando nesse quesito. E também avançar nos protocolos de controle de vacinados, para que funcione de forma eficaz. O governo deve liberar um aplicativo que vai facilitar a leitura do cartão vacinação", disse.
Pablo disse que todas as entidades envolvidas estão otimistas com a realização dos eventos. "Estamos otimistas, inclusive para o Carnaval de Vitória, porque está sendo planejado para ter controle de acesso de vacinados".
A preocupação voltou após a confirmação da variante Ômicron no país. Pablo explica que, se a variante se comprovar muito mais agressiva ou se as vacinas que estão sendo aplicadas no Estado não tiverem cobertura vacinal suficiente, isso poderá ser revisto. "Já estamos tendo eventos há algum tempo e, nesse período, os números de óbitos e internações estão caindo. Já houve uma flexibilização maior para os eventos e isso não trouxe aumento de casos e óbitos", disse.
Por conta dos anúncios de cancelamentos das festas de virada de ano e carnaval pelo país, a Associação Brasileira de Promotores de Eventos divulgou nesta quarta-feira (01) uma carta aberta intitulada de "Sem Retrocessos: o setor de eventos está voltando e merece respeito". O documento fala sobre o cancelamento de eventos de Carnaval em todo o país e defende um posicionamento para que os eventos aconteçam.
"O que estes governos municipais ignoram é que há diferentes tipos de festas de carnaval. Há evento público, evento privado em espaço público, evento privado em espaço privado. Há prefeitura cancelando evento privado de carnaval em espaço privado! Evento que já está inserido em um processo de retomada dos eventos em andamento! Entendemos a preocupação dos poderes públicos, mas, em nome de um setor responsável por milhares de empregos, exigimos que o tema seja objeto de um diálogo técnico e racional amplo", diz trecho da carta.
A documento ainda ressalta que há centenas de eventos de cultura e entretenimento acontecendo no país, todos os dias, respeitando os protocolos sanitários e, ainda assim, os indicadores epidemiológicos continuam caindo. E que o setor gera empregos e movimenta a economia em todos os estados.
"Algumas coisas que precisam ser melhores explicadas para a população. Essas decisões de cancelamento de alguns eventos basedos na nova variante parecem extremamente precipitadas. Vários especialistas dizem que ainda não se tem informações e indícios de que essa variante é mais contagiosa, mais agressiva e que é resistente as vacinas já existentes", diz Pablo Pacheco.
Para ele, os responsáveis estão tomando uma série de decisões sem embasamento técnico. "Isso nos parece ir contra ao que sempre foi dito que a ciência deve prevalecer. Por que cancelar um réveillon ou carnaval quando ainda não se tem informação de que isso tem que acontecer", questiona.
Pablo esclarece que são três grupos de eventos programados para essas duas datas. Eventos públicos feitos pelos órgãos públicos em locais públicos; eventos privados feitos em espaços públicos e eventos privadas realizados em espaços privados. "É preciso dizer que tipo de festa será cancelado para não gerar desinformação para a população. Os eventos são fechados e tem controle de público, e podem controlar o acesso de apenas pessoas vacinadas. Além de já possuírem o protocolo do Estado, por isso irão continuar acontecendo".
O diretor regional da Abrape ressalta a importância da vacinação, assim como o documento da associação: "Pedimos, também, que todos se vacinem e se envolvam na divulgação das campanhas de imunização para garantir a segurança da sociedade e de quem vai aos eventos. Estamos otimistas mas, se necessário, vamos enfrentar as injustiças recorrendo a todos os meios possíveis para não haver retrocesso", diz trecho do documento.
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