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Publicado em 3 de agosto de 2022 às 13:33
O movimento cultural Bekoo das Pretas cresceu e promete agitar o estádio Kléber Andrade, em Cariacica, nos dias 24 e 25 de setembro. Chamado de "BKDP Festival", o evento começou a anunciar o line up na última semana e grandes nomes já foram confirmados, como Baco Exu do Blues, BK, Tati Quebra Barraco e os capixabas Dudu MC e a rapper Budah.
“O BKDP é a expansão de uma plataforma de um movimento cultural. O Bekoo das Pretas se consolida como um movimento quando expande suas atividades para além das festas, mas para formações e um estilo de vida. O BKDP Festival é essa grande celebração anual de tudo que temos feito e pretendemos fazer”, afirmou a organizadora do evento, Priscila Gama.
O BKDP Festival é promovido pela Instituição Das Pretas, que prega o protagonismo negro feminino e periférico na sociedade. De acordo com Priscila, a maior parte das atrações neste ano é composta por mulheres. Além disso, as posições de lideranças do evento também são femininas, uma conquista para o movimento.
“O Bekoo das Pretas é o único festival musical capixaba 100% preto e com uma line up 80% formada por identidades femininas. Todas as lideranças são comandadas por mulheres pretas, isso é um diferencial porque o mundo do entretenimento ainda não é um lugar que vemos mulheres negras nessa articulação. Essa é uma maneira de fazer o ‘black money’ circular dentro da comunidade”, ressaltou Priscila.
Serão mais de 30 atrações nos dois dias de evento - que estão sendo anunciadas aos poucos. Mas entre os artistas já confirmados, Afronta, Gegeo, DJ Tamy e Afrolai também vão marcar presença no BKDP Festival. A estrutura do estádio contará com dois palcos: o MIC, que será dedicado aos MC’S e voltado à cena do Hip Hop, e o BEATS, exclusivo para os DJs.
Os ingressos já estão à venda através do Site do BKDP e custam R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira). Não haverá camarotes e lounges, apenas pista. Segundo Priscila, a expectativa é que 50 mil pessoas passem pelo Kléber Andrade nos dois dias de evento.
“A importância de tudo é reapropriar dessa cultura preta e periférica do ponto de vista comercial. Normalmente o rap e o funk são operados por pessoas pretas, mas não são agenciados por elas. Ou seja, o negócio em si não é acessado por pretos. Poder acessar e dividir isso é muito importante para nós”, finalizou a organizadora.
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