DJ Bhaskar se apresenta em Vitória neste sábado (11). Crédito: Divulgação
A música eletrônica está no sangue dele. Filho do casal de DJs Ekanta e Swarup - criadores do festival Universo Paralello - e irmão gêmeo do DJ Alok, Bhaskar também faz jus ao nome da família. Neste sábado (11), o goiano de 30 anos desembarca no Espírito Santo para agitar Vitória com um show inédito na festa Outros 500, no Espaço Patrick Ribeiro.
“Esse show vai ser muito legal porque a construção do line up está muito boa. Eu toco depois do Kvsh, em um horário mais tarde, isso me permite experimentar mais músicas. Eu sei que o público capixaba me ensina muito, é uma galera que eu gosto da energia, me sinto em casa”, disse Bhaskar, que é casado com a capixaba Carol Cola, com quem tem um filho de 3 anos.
Com grandes sucessos na bagagem, como “Infinity”, com a dupla DubDogz, e “Fuego”, com Alok, Bhaskar começou a tocar profissionalmente aos 12 anos, junto com o irmão. Em 2016, decidiu seguir carreira solo e, segundo ele, foi “uma forma de aflorar quem era como artista. Ou seja, aproveitar ao máximo a própria identidade”.
Hoje em dia, Bhaskar é um dos grandes nomes da música eletrônica no Brasil. Consolidado no mercado e provando que também pode “furar” bolhas, como Alok, e entrar na linha mais comercial, o músico aposta em faixas mais diversificadas em seus novos setlists.
“O meu novo lançamento (‘U Got My Body’) e os próximos são mais voltados para a pista. Durante a pandemia, eu fiz muito som para o Spotify. Eu percebi que precisava explorar esse lado da minha carreira que ainda não tinha conquistado”
Bhaskar
Em bate papo com “HZ”, Bhaskar foi à fundo na sua trajetória e compartilhou muitas novidades para os próximos 30 dias. Entre os spoilers do DJ, dois grandes lançamentos em breve, com direito até a remix de um hit do cantor canadense Drake.
Vamos começar com o seu novo lançamento, “U Got My Body”. Você contou nas redes sociais que essa faixa representa uma fase muito marcante na sua vida e também na sua carreira. Qual o motivo?
Essa faixa foi muito importante para mim. Além dela ter sido feita em um momento de mudança de cidade - quando me mudei para São Paulo -, ela também serviu para me encontrar novamente. Na pandemia, eu lancei muita música para o Spotify, não tinha pista. Me marcou muito retornar aos shows.
Você também comentou que tem buscado nas suas produções atuais um estilo de música mais voltado para a pista. Como foi essa decisão?
Durante a pandemia, eu fiz muito som para o Spotify, para conquistar pessoas de lá também. Eu percebi que precisava explorar esse lado da minha carreira que ainda não tinha conquistado. As lives me abriram muito a cabeça, foi um momento diferente.
Com essa resposta, parece que o seu caminho está se encontrando com o do Alok. Apesar disso, vocês continuam sendo muito sinceros quanto à música de cada um. Como lidam com essa questão?
Eu senti que, nos primeiros anos da nossa carreira, eu e o Alok tínhamos muita coisa em comum, mas fomos nos afastando no âmbito musical por questão de gosto mesmo. Fomos sendo sinceros, cada um no seu caminho. Tínhamos um projeto juntos até 2010, mas o processo de separação não foi traumático. Inclusive, foi a única forma de aflorar quem a gente era como artista e aproveitar ao máximo a própria identidade.
As suas referências também devem ter sido as mesmas para uma geração de novos DJs. Tanto os seus pais quanto o seu irmão abriram portas na cena eletrônica. Até mesmo o consumo desse estilo musical cresceu muito e continua crescendo. Como você enxerga esse cenário?
Com certeza, cada um influenciou na sua esfera. Meu pai apostou lá no início para criar essa cultura. E agora o meu irmão tem essa missão de fazer com que mais pessoas deem uma chance para a música eletrônica. Pouquíssimas pessoas conseguem fazer isso. Está sendo muito legal ver que a música eletrônica tem um espaço gigante hoje em dia. Quase 95 % das músicas que os brasileiros consomem são nacionais e a música eletrônica teve que ganhar um espaço.
Você estava, há pouco tempo, fazendo uma série de shows nos EUA. O que muda em tocar fora do país? PVocê adapta o seu setlist ou mantém o mesmo do Brasil?
Hoje em dia, eu sinto que o mercado americano está bem próximo do brasileiro. Porém, o público americano tem mais cabeça aberta ao novo. No Brasil, as pessoas gostam de escutar hits, sempre as mesmas músicas. Eu queria muito que o brasileiro fosse um pouco mais adepto ao diferente. É um ciclo vicioso mas, apesar disso, a energia do Brasil é incomparável.
Já que estamos falando sobre a energia dos brasileiros. Vamos ver como será a energia dos capixabas neste sábado (11), na festa Outros 500. O que os capixabas podem esperar do seu set?
Esse show vai ser muito legal porque a construção do line up está muito boa. Eu toco depois do Kvsh, então vai ser em um horário mais tarde, que me permite experimentar mais músicas. Eu sei que o público capixaba me ensina muito, é uma galera que eu gosto da energia, me sinto em casa. Além disso, eu sou casado com uma capixaba, inclusive passei uns meses morando aí durante a pandemia. Espero que todo mundo vá para curtir junto. O público capixaba é indescritível.
Tem alguma música que os capixabas sempre pedem? Ou aquela que não pode faltar?
Não tem como não tocar ‘Infinito Particular’, ainda mais porque o Silva é daí. Tem muita coisa nova. Será um set com fases desde o início, passando pelas famosas e chegando até as músicas inéditas.
O que podemos esperar de novidade do Bhaskar? Algum projeto novo?
Podem esperar dois lançamentos nos próximos trinta dias. Um vai ter uma pegada mais melódica e o outro é um remix da música “Passionfruit”, do Drake. Acho que vocês vão gostar bastante do que está por vir.
- SERVIÇO
- Outros 500
- Quando: 11 de junho (sábado)
- Horário: às 20h
- Atrações: Bhaskar, Kvsh, Flavio Castro e Dj Vini Correa
- Onde: Espaço Patrick Ribeiro - Novo Aeroporto de Vitória
- Ingressos: R$ 100 (pista, meia entrada) e R$ 200 (pista, inteira)
- Pontos de venda: BlueTicket
- Classificação: 18 anos
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