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Publicado em 4 de novembro de 2021 às 20:34
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro reencontra leitores, autores, editores e livreiros entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro e na plataforma do evento. Esta 20ª edição da Bienal será híbrida. Autores estrangeiros, com algumas exceções, participam remotamente. Quem for ao evento encontrará 160 expositores, eventos e debates com convidados brasileiros, que serão transmitidos ao vivo para quem preferir assistir de casa, e sessões de autógrafos - com as tradicionais aglomerações controladas. Os organizadores esperam 300 mil pessoas no local e mais de 100 convidados já confirmaram presença.
Entre os autores internacionais estão o português Valter Hugo Mãe, que virá ao Brasil para a feira, os americanos Matt Ruff, Julia Quinn, Beverly Jenkins e Josh Malerman, a argentina Mariana Enriquez e o japonês Junji Ito, que participam online.
Entre os convidados brasileiros estão Conceição Evaristo, Itamar Vieira Junior, Aílton Krenak, Thalita Rebouças, Caco Barcellos, Nei Lopes, Otávio Junior, Raphael Montes, Tati Bernardi, Gabriela Prioli, Pastor Henrique Vieira, Teresa Cristina, Lua de Oliveira, Luiz Antonio Simas, Lulu Santos e Antônio Fagundes, Aza Njeri e Eliane Brum.
"Essa bienal foi um ato de coragem. Chegamos em julho e pensamos no que estava acontecendo com o mundo dos livros. Era um momento de esperança, as pessoas estavam lendo mais. E a Bienal coroa isso: é a hora em que o livro entra em evidência no País. A vacinação está andando, todos os índices estão melhorando, então decidimos fazer", disse Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros, organizador do evento.
A ideia é aproveitar, também, as áreas externas do centro de convenções. A visitação será limitada e na hora da compra de ingresso será preciso escolher se ela terá início pela manhã ou à tarde. O uso de máscara será obrigatório, bem como a apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19 por quem tem mais de 12 anos.
Um espaço especial será destinado às crianças. Só da rede municipal de ensino serão 40 mil alunos - e Pereira destaca o voucher que estudantes, professores e escolas vão ganhar da Prefeitura para compra de livros lá ou na plataforma. Alunos ganham R$ 20; professores, R$ 200 e escolas, entre R$ 1 mil e R$ 1.600. O total, maior do que em qualquer outra Bienal, segundo Pereira, é de R$ 12 milhões.
"Fazer a Bienal sempre é um desafio, e sempre acabamos descobrindo que esses desafios podem ser ainda maiores. Leva dois anos para preparar cada edição. Desta vez, fizemos em quatro meses e meio", comenta Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pelo evento. Ela completa: "Nos baseamos em duas questões para decidir fazer a Bienal: na transparência e seriedade com que a Prefeitura do Rio tratou a pandemia e seus dados e troca de experiência com outros países sobre a retomada dos eventos. Depois desse um ano e 10 meses, promover a cultura, a educação e os encontros não é só nossa missão, como nosso dever".
Os organizadores não acreditam numa piora da pandemia até o evento. "Eu não conto com isso, mas não somos irresponsáveis - se tiver um surto ou uma nova variante, vamos lidar com isso. Os números do Rio, como os de São Paulo, são declinantes. Tudo indica que estamos no caminho certo", diz Marcos da Veiga Pereira.
Sobre as aglomerações que costumam ser vistas em eventos como as bienais de livro, Pereira diz que haverá espaçamento entre as pessoas nas filas e os autores estarão protegidos por placas de acrílico. "Não vai ter beijinho nem tanta selfie, mas vai ter Bienal", brinca o editor.
Como comprar ingresso para a Bienal do Livro do Rio
Os ingressos para a Bienal do Rio 2021 custam R$ 40 e devem ser comprados exclusivamente online. Na plataforma, o visitante deverá escolher o dia e o turno e cada ingresso é válido apenas para o período escolhido. Há um limite de compra de quatro ingressos por CPF.
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