Caetano Veloso cita Nara Leão e o ES em música que abre novo disco

"Meu Coco", que dá nome ao álbum, exalta Vitória. Álbum está disponível nas plataformas digitais

Publicado em 27/10/2021 às 17h27
Caetano Veloso em foto de divulgação de

Caetano Veloso em foto de divulgação de "Meu Coco". Crédito: Fernando Young/Divulgação

O novo disco de Caetano Veloso "Meu Coco" chegou com tudo no mercado musical. Gravado em estúdio caseiro, o álbuma chegou com "Anjos Tronchos" como música de trabalho em que cita nomes como Duda Beat, Baco Exu do Blues, MC Cabelinho, Djonga, Hiran e mais. Mas ao abrir o disco já temos o Espírito Santo sendo citado, juntamente com Nara Leão e Vitória, na faixa homônima.

Em "Meu Coco", Caetano canta: "Com Naras, Bethânias e Elis / Faremos mundo feliz / Únicos vários iguais / Rio Canaveses / Bebem na tal Vitória do Espírito Santo / Bomba luminosa sobre o capital / Aquém além do seio do bem e do mal / Teimosos e melódicos no nosso canto". Ouça a canção completa.

Sobre a produção do disco - lançado após nove anos sem um trabalho de inéditas -, Caetano disse em material de divulgação que o desejo intenso de gravar coisas novas surgiu em 2019. Na sequência, ele explicou a concepção da música "Meu Coco", que desencadeou todo o disco.

"No final de 2019, tive um desejo intenso de gravar coisas novas e minhas. Tudo partiu de uma batida no violão que me pareceu esboçar algo que (se eu realizasse como sonhava) soaria original a qualquer ouvido em qualquer lugar do mundo. 'Meu Coco', a canção, nasceu disso e, trazendo sobre o esboço rítmico uma melodia em que se história a escolha de nomes para mulheres brasileiras, cortava uma batida de samba em células simplificadas e duras", iniciou.

"Minha esperança era achar os timbres certos para fazer desse riff sonhado uma novidade concreta. E eu tinha a certeza de que a batida, seu som e sua função só se formatariam definitivamente se dançarinos do Balé Folclórico da Bahia criassem gestos sobre o que estava esboçado no violão. Com isso eu descobriria o timbre e o resto. Mas chegou 2020, o coronavírus ganhou nome de Covid-19 e eu fiquei preso no Rio, adiando a ida à Bahia para falar com os dançarinos. Esperaria alguns meses?", seguiu.

"Passou-se mais de ano e eu, tendo composto canções que pareciam nascer de 'Meu Coco', precisei começar a gravar no estúdio caseiro. Chamei Lucas Nunes pra começar os trabalhos", explica. "A nave-mãe, ‘Meu Coco’, guardou algo da batida imaginada, agora com percussão de Márcio Vitor. Mas o arranjo de orquestra que a ilumina foi feito por Thiago Amud, um jovem criador carioca cuja existência diz tudo sobre a veracidade do amor brasileiro pela canção popular", finalizou.

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