Caetano Veloso cita Nara Leão e o ES em música que abre novo disco

"Meu Coco", que dá nome ao álbum, exalta Vitória. Álbum está disponível nas plataformas digitais

Caetano Veloso em foto de divulgação de

Caetano Veloso em foto de divulgação de "Meu Coco". Crédito: Fernando Young/Divulgação

O novo disco de Caetano Veloso "Meu Coco" chegou com tudo no mercado musical. Gravado em estúdio caseiro, o álbuma chegou com "Anjos Tronchos" como música de trabalho em que cita nomes como Duda Beat, Baco Exu do Blues, MC Cabelinho, Djonga, Hiran e mais. Mas ao abrir o disco já temos o Espírito Santo sendo citado, juntamente com Nara Leão e Vitória, na faixa homônima.

Em "Meu Coco", Caetano canta: "Com Naras, Bethânias e Elis / Faremos mundo feliz / Únicos vários iguais / Rio Canaveses / Bebem na tal Vitória do Espírito Santo / Bomba luminosa sobre o capital / Aquém além do seio do bem e do mal / Teimosos e melódicos no nosso canto". Ouça a canção completa.

Sobre a produção do disco - lançado após nove anos sem um trabalho de inéditas -, Caetano disse em material de divulgação que o desejo intenso de gravar coisas novas surgiu em 2019. Na sequência, ele explicou a concepção da música "Meu Coco", que desencadeou todo o disco.

"No final de 2019, tive um desejo intenso de gravar coisas novas e minhas. Tudo partiu de uma batida no violão que me pareceu esboçar algo que (se eu realizasse como sonhava) soaria original a qualquer ouvido em qualquer lugar do mundo. 'Meu Coco', a canção, nasceu disso e, trazendo sobre o esboço rítmico uma melodia em que se história a escolha de nomes para mulheres brasileiras, cortava uma batida de samba em células simplificadas e duras", iniciou.

"Minha esperança era achar os timbres certos para fazer desse riff sonhado uma novidade concreta. E eu tinha a certeza de que a batida, seu som e sua função só se formatariam definitivamente se dançarinos do Balé Folclórico da Bahia criassem gestos sobre o que estava esboçado no violão. Com isso eu descobriria o timbre e o resto. Mas chegou 2020, o coronavírus ganhou nome de Covid-19 e eu fiquei preso no Rio, adiando a ida à Bahia para falar com os dançarinos. Esperaria alguns meses?", seguiu.

"Passou-se mais de ano e eu, tendo composto canções que pareciam nascer de 'Meu Coco', precisei começar a gravar no estúdio caseiro. Chamei Lucas Nunes pra começar os trabalhos", explica. "A nave-mãe, ‘Meu Coco’, guardou algo da batida imaginada, agora com percussão de Márcio Vitor. Mas o arranjo de orquestra que a ilumina foi feito por Thiago Amud, um jovem criador carioca cuja existência diz tudo sobre a veracidade do amor brasileiro pela canção popular", finalizou.

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