Ilza no meio das amigas, todas segurando as rosas vermelhas, como o Rei gosta. Crédito: Arquivo pessoal
“Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo”. Todo fim de ano, uma tradição da televisão brasileira, é o especial do rei Roberto Carlos, transmitido na TV Gazeta. De casa, há 13 anos, a professora aposentada Ilza D’arc, de 64 anos, reúne as amigas para uma verdadeira festa no Centro de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. Tudo para se divertir e cantar junto as canções que fazem parte da vida delas. Nesta sexta-feira (22), não foi diferente.
Elas são as ‘Robeletas’, nome dado por fãs de carteirinha. “Pensamos em um nome feminino e veio então ‘Robeletas’. Somos 22 amigas, a maioria professoras aposentadas. Virou uma tradição nossa. Nos vestimos de azul e branco, ornamentamos a casa com as mesmas cores, em referência ao rei. Somos um grupo unido e feliz”, contou Ilza.
Na mesa, um banquete ao estilo do encontro. Um evento de gala para as Robeletes. E teve também bolo de aniversário e parabéns, porque duas das amigas fazem aniversário no dia 22 e 24 de dezembro. Existem três momentos: o primeiro é de oração, um agradecimento pelo ano e um pedido para que o que de bom que aconteceu em 2023 continue em 2024. “Para abrir, um pouco de espiritualidade. Depois fizemos uma brincadeira com chocolate e dinheiro e por fim, para marcar a nossa alegria, ensaiamos uma dança”.
Quando Roberto Carlos começou o show, com “Emoções”, vieram boas memórias. Outra parte que também chamou a atenção foi a participação da cantora Luísa Sonza, com o hit do momento ‘Chico’. “Todo mundo vive aqueles momentos lindos, que a gente se emociona. É um momento de pura felicidade e emoção. Um dos momentos mais desejados do show foi a participação daquela menina Luisa Sonza, esperada por todos nós, por causa do sucesso que ela fez”, comentou a aposentada.
História com o Rei Roberto
Natural de Pernambuco, em um lar musical, Ilza recordou a infância e adolescência. “Sou da cidade de Limoeiro. Lá o Roberto é muito amado, é uma tradição. Todas as pessoas da minha cidade esperavam dar dezembro com muita expectativa para comprar um disco do Roberto. Naquela época tínhamos uma radiola. Era o melhor presente para o fim de ano. Todas as casas tocavam Roberto Carlos na época de Natal. Todo mundo que tinha uma vitrolinha tinha um disco tocando. Era o assunto da cidade”, relembrou.
Ilza já presenciou dois shows do Rei. Um em Recife, no ginásio do Geraldão, em 1975, quando ainda era adolescente. A outra vez foi nos anos 2000, no extinto ginásio do Álvares Cabral, em Vitória, quando ela alugou uma van com as amigas.
A professora veio para Jaguaré em 1985, acompanhando o marido, onde o casal se estabeleceu e aumentou a família. Ilza atuou na rede estadual e municipal. Ela conta que todos os anos se reunia com as colegas da escola, preparava uns petiscos e assistia aos especiais do Rei. “Tenho tradição de festas e é muito legal ver as pessoas quererem participar”, falou.
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