Capixabas se reúnem todos os anos para ver especial de Roberto Carlos

22 amigas de Jaguaré, no Norte do ES, se reúnem todos os anos desde 2010 para se divertirem durante o show do Rei

Linhares
Publicado em 23/12/2023 às 15h06
Ilza no meio das amigas, todas segurando as rosas vermelhas, como o Rei gosta

Ilza no meio das amigas, todas segurando as rosas vermelhas, como o Rei gosta. Crédito: Arquivo pessoal

“Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo”. Todo fim de ano, uma tradição da televisão brasileira, é o especial do rei Roberto Carlos, transmitido na TV Gazeta. De casa, há 13 anos, a professora aposentada Ilza D’arc, de 64 anos, reúne as amigas para uma verdadeira festa no Centro de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. Tudo para se divertir e cantar junto as canções que fazem parte da vida delas. Nesta sexta-feira (22), não foi diferente.

Elas são as ‘Robeletas’, nome dado por fãs de carteirinha. “Pensamos em um nome feminino e veio então ‘Robeletas’. Somos 22 amigas, a maioria professoras aposentadas. Virou uma tradição nossa. Nos vestimos de azul e branco, ornamentamos a casa com as mesmas cores, em referência ao rei. Somos um grupo unido e feliz”, contou Ilza.

Na mesa, um banquete ao estilo do encontro. Um evento de gala para as Robeletes. E teve também bolo de aniversário e parabéns, porque duas das amigas fazem aniversário no dia 22 e 24 de dezembro. Existem três momentos: o primeiro é de oração, um agradecimento pelo ano e um pedido para que o que de bom que aconteceu em 2023 continue em 2024. “Para abrir, um pouco de espiritualidade. Depois fizemos uma brincadeira com chocolate e dinheiro e por fim, para marcar a nossa alegria, ensaiamos uma dança”.

Quando Roberto Carlos começou o show, com “Emoções”, vieram boas memórias. Outra parte que também chamou a atenção foi a participação da cantora Luísa Sonza, com o hit do momento ‘Chico’. “Todo mundo vive aqueles momentos lindos, que a gente se emociona. É um momento de pura felicidade e emoção. Um dos momentos mais desejados do show foi a participação daquela menina Luisa Sonza, esperada por todos nós, por causa do sucesso que ela fez”, comentou a aposentada.

História com o Rei Roberto

Natural de Pernambuco, em um lar musical, Ilza recordou a infância e adolescência. “Sou da cidade de Limoeiro. Lá o Roberto é muito amado, é uma tradição. Todas as pessoas da minha cidade esperavam dar dezembro com muita expectativa para comprar um disco do Roberto. Naquela época tínhamos uma radiola. Era o melhor presente para o fim de ano. Todas as casas tocavam Roberto Carlos na época de Natal. Todo mundo que tinha uma vitrolinha tinha um disco tocando. Era o assunto da cidade”, relembrou.

Ilza já presenciou dois shows do Rei. Um em Recife, no ginásio do Geraldão, em 1975, quando ainda era adolescente. A outra vez foi nos anos 2000, no extinto ginásio do Álvares Cabral, em Vitória, quando ela alugou uma van com as amigas.

A professora veio para Jaguaré em 1985, acompanhando o marido, onde o casal se estabeleceu e aumentou a família. Ilza atuou na rede estadual e municipal. Ela conta que todos os anos se reunia com as colegas da escola, preparava uns petiscos e assistia aos especiais do Rei. “Tenho tradição de festas e é muito legal ver as pessoas quererem participar”, falou.

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