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Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água volta após dois anos; veja fotos

Realizado nesta segunda-feira (25), o evento reuniu bandas de congo da Grande Vitória em cortejo de Roda D'Água até o campo do América

Publicado em 26 de abril de 2022 às 19:01

Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água, em Cariacica
Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água, em Cariacica Crédito: Fernando Madeira

Após dois anos sendo realizado de forma virtual por conta da pandemia, o Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água está de volta! Realizado nesta segunda-feira (25), o evento reuniu bandas de congo da Grande Vitória, na Bica do Luiz, em Roda D'Água, que seguiram em cortejo até o campo do América, onde acontece a festa principal, com o toque dos tambores e das casacas.

"Realizar o Carnaval de Congo de Máscaras após dois anos sem a festa presencial é a oportunidade de dar visibilidade a essa tradição centenária que faz parte do contexto histórico-cultural do povo cariaciquense, ao mesmo tempo que promove o sentimento de pertencimento da comunidade congueira”, avalia o presidente da Associação de Bandas de Congo de Cariacica (ABCC), Jefferson de Azevedo Fernandes.

Confira abaixo as fotos deste encontro, que reúne música, cultura e religião em Cariacica.

João Bananeira por Fernando Madeira

A FESTA

A grande festa movimenta a região de Roda D’Água, zona rural de Cariacica, anualmente, no mesmo dia da festa da padroeira do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha, e conta com uma programação extensa que se inicia pela manhã, com a saída da casa do “festeiro”, que recebe em sua casa os congueiros e segue com o cortejo em direção ao local da missa campal.

A festividade dura a tarde inteira com o encontro e apresentação das bandas de congo de Cariacica e outras bandas de convidadas, como também a presença dos mascarados.

Os mascarados são pessoas da comunidade que perpetuam a tradição folclórica do personagem João Bananeira. Com o rosto coberto pela máscara e o corpo tapado com folhas de bananeira, o mascarado se junta ao cortejo acendendo o imaginário das rodas de congo.

Conforme os relatos dos mais antigos, no meio da procissão, negros e escravos colocavam máscaras para cobrir os rostos e até mesmo usavam meias nos braços para não serem identificados e, assim, participarem do cortejo. Com o tempo, transformou-se numa brincadeira e foi incorporada à tradição da festa.

O mistério do personagem está em não divulgar quem está por trás da máscara, sendo revelado somente ao final da apresentação. Antes, ainda com as tradições mais enraizadas, para conseguir que não fossem identificados, os mascarados se vestiam nas plantações de banana da zona rural do município.

*Com informações da Prefeitura de Cariacica

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