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Publicado em 1 de agosto de 2024 às 14:12
Seu Jorge, Mart'nália, Alceu Valença e Billie Elish. Sabe o que eles têm em comum? Todos ganharam versões de funk recentemente. Chamadas de ‘Funk MTG’, a febre do momento mistura grandes hits com colagens de trechos de outras músicas. O clássico “Quem Não Quer Sou Eu (MTG)”, por exemplo, ficou três semanas seguidas no topo da Billboard Brasil Hot 100.
Para entender sobre essa nova onda, primeiro vamos explicar o que é “MTG”. Essas letras, na verdade, são a abreviação da palavra montagem. Basicamente, DJs de todo Brasil, incluindo no Espírito Santo, transformam grandes sucessos em funk. E vale colocar recortes de outros estilos e gêneros musicais.
Quem começou - e popularizou - com MTG foi o movimento funk de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Mas rapidamente se espalhou pelo país, puxado principalmente pela proporção que essas faixas ganharam no Tik Tok e no Instagram. Clássicos brasileiros, como “Cabide”, de Mart'nália, “Morena Tropicana”, de Alceu Valença, até o hit “Chihiro”, de Billie Elish, possuem milhões de visualizações.
Entre os DJs que se consagraram nos últimos tempos com o MTG estão DJ Mulú e DJ Topo. Além disso, também tem MTG capixaba nas plataformas. O DJ Lukão apostou em algumas faixas neste estilo, como “Só eu senti amor”, da música “Até Que Durou” do cantor Péricles, e “Sorri, Sou Rei”, da banda Natiruts.
Por se tratar de músicas de outros artistas, a polêmica em questão é sobre os direitos autorais. O produtor musical Tavarette explica que o MTG, em si, não é ilegal. Segundo ele, a música precisa ter uma autorização para rodar nas plataformas, ou seja, creditar o ‘dono da melodia’.
“Não é questão de ser legal ou ilegal. É uma burocracia que envolve essas faixas com os direitos autorais. O DJ pode até arriscar de lançar a música, mas se não pagar a gravadora ou equipe do artista, pode acabar caindo das plataformas. Caso consiga a autorização, o MTG é lançado como intérprete”, disse.
Apesar das polêmicas sobre o assunto, uma coisa é certa: a nova geração passou a ouvir clássicos do passado. Claro, de um jeito diferente. Não é difícil ir a uma festa hoje em dia e acabar se deparando com jovens cantando Sidney Magal, Luiz Gonzaga, Kid Abelha, Rita Lee, Mart’nália, Tribalistas e Pitty.
Ou seja, o MTG pode até estar passando pelos seus ‘15 minutos de fama’, mas o legado dessas versões é a prova de que a música é capaz de se reinventar, transformar e conquistar cada vez mais as pessoas.
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