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Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 15:22
Dez moradores de municípios do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas viverão uma experiência de cinema! Isso porque o Instituto Marlin Azul divulgou, na última quinta-feira (8), o resultado do "Concurso de Histórias Que Viram Filmes", do Curta Vitória a Minas III. O resultado está disponível no final da matéria.
A terceira edição recebeu 223 inscrições e contemplou moradores de 25 cidades capixabas e mineiras. Os participantes podiam enviar histórias reais ou inventadas para o concurso. Foram escolhidas histórias vindas de Ibiraçu, João Neiva e Colatina, no Espírito Santo, e de Conselheiro Pena, Governador Valadares, Belo Oriente, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Nova Era e João Monlevade, em Minas Gerais.
Os autores selecionados aprenderão noções básicas sobre a linguagem e as técnicas audiovisuais, gravarão os curtas-metragens com o envolvimento da comunidade e exibirão as obras numa telona de cinema durante sessões abertas e gratuitas nas cidades onde vivem.
Segundo a organização, o objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme. Dessa forma, eles registram as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.
A Comissão de Seleção utilizou critérios como o grau de originalidade do texto e o interesse gerado pelo tema para a escolha das histórias. A terceira edição reúne um conjunto diversificado de assuntos, abrangendo ficções e documentários. São temáticas como as lendas e as crenças populares; a valorização das festas e tradições culturais; o resgate e o fortalecimento dos valores comunitários como a solidariedade, o senso de coletividade e os laços de convivência.
A coletânea traz histórias ligadas à luta e à resistência de negras e negros na preservação das memórias e das raízes quilombolas além de temas como a identidade, o empoderamento e o protagonismo da mulher negra. A edição reúne ainda lembranças de carnavais antigos; causos de pescadores; histórias assombradas, entre outros.
O primeiro encontro com as autoras e autores selecionados acontecerá em março, no Espírito Santo. A turma se juntará numa imersão de 15 dias para aprender noções básicas sobre a linguagem e as técnicas audiovisuais. Através de aulas expositivas, experimentos práticos, análise fílmica e muita conversa, com orientação de profissionais renomados do cinema e da TV, os mineiros e capixabas selecionados terão aulas de roteiro, direção, produção, som, fotografia, montagem, direção de arte, direitos autorais e mobilização comunitária.
Com o roteiro e o plano de produção em mãos, eles voltarão para seus municípios de origem para a pré-produção das gravações. A etapa envolve a pesquisa, formação da equipe local, a identificação das locações, a seleção e a preparação dos personagens, a organização dos cenários e objetos de cena, dentre outras ações planejadas nas oficinas.
A primeira edição do Curta Vitória a Minas foi lançada em 2014 e resultou na produção das obras em exibição no site do projeto, como “Vovó, o Trem e Eu”, de Eloisa Ribeiro, de Fundão (ES), “O Segredo de Giuzzeppe”, de Nilma Scarpati, de Ibiraçu (ES) e “A Carta”, de Márcio Firmo, de Nova Era (MG).
Lançada em 2022, a segunda edição realizou os curtas-metragens, como “Reciclando Vidas e Sonhos”, de Ana Paula Imberti, de Ibiraçu (ES); “O T-Rex e a Pedra Lascada”, de Luan Ériclis Damázio, de João Neiva (ES); “O Último Trem”, de Fabrício Bertoni, e “Colatina, a Princesa do Rock”, de Nilo Tardin, ambos de Colatina (ES).
As obras foram lançadas em julho de 2023 e começaram a participar do roteiro de inscrições em mostras e festivais. Após o percurso nestes espaços de exibição, os filmes da segunda edição também estarão disponíveis para assistir no site do projeto.
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