De flâmulas a caixinhas de fósforo: veja coleções inusitadas de capixabas

A paixão pelo colecionismo move uma turma de capixabas com coleções pra lá de curiosas. É como se fosse uma viagem no tempo através de objetos; veja o vídeo

Vitória
Publicado em 11/06/2022 às 08h58

Se tem um hobbie que costuma chamar atenção das pessoas é o colecionismo. Seja do que for a coleção, certamente cada item possui alguma história ou curiosidade. Esse ato de colecionar, para muitos - me arrisco a diz a maioria -, se torna uma verdadeira paixão e não mais um hábito. Ao longo dos anos, a coleção acaba se tornando uma verdadeira viagem no tempo através de objetos. E detalhe, não há um momento certo de começar, basta dar o primeiro passo. 

Segundo o colecionador Lelio Cimini, o período de pandemia fez com que muitas pessoas resgatassem hábitos antigos ou até mesmo desenvolver  o gosto pelo colecionismo. "As pessoas ficaram mais em casa nesse tempo da Covid-19, isso fez com que muitas começassem a observar para alguns objetos de interesse e, a partir disso,  investir mais neles", disse. 

E essa turma não está sozinha não. Anualmente alguns encontros, como o Encontro Nacional de Multicolecionismo, que aconteceu na última semana, em Vitória, reúne os colecionadores de várias partes do Brasil para criar um espaço de troca, exposição e até mesmo fazer novas amizades. Um momento único tanto para quem já é um colecionador, como também para os curiosos de plantão. 

"O objetivo principal desses encontros é fazer as pessoas se conhecerem, trocar ideias, mercadorias, itens. Lá você encontra de tudo, o colecionismo é muito vasto. Tudo o que você pensar em relação a colecionismo existe. Todo mundo que vai, se encanta. É uma oportunidade de conhecer o diferente", frisou Lelio. 

Colecionismo

Matéria sobre colecionismo. Crédito: Fernando Madeira

Há quem colecione cédulas e moedas, caixinhas de fósforo, cartões-postais, vinis, cartões telefônicos, selos postais raros, revistas em quadrinho (HQ), álbuns de figurinhas, miniaturas, antiguidades, catálogos, flâmulas e até documentos datados no império assinado pela família real e seus nobres.

A coleção do capixaba Walter Moraes Cruz, por exemplo, é de carrinhos. "Eu comecei a ver nos carrinhos um atrativo. Em cada um, eu percebia as suas particularidades, as diferenças de um para outro no design. Então, eu fui comprando com o passar dos anos e, hoje, tenho mais de 350 no meu acervo. Inclusive, muitos deles são raros", compartilhou. 

Colecionismo

Matéria sobre colecionismo. Crédito: Fernando Madeira

Nilo Sergio Bastos, fundador da Sociedade Capixaba de Multicolecionismo, é colecionador desde os 12 anos de idade e sempre teve interesse em moedas e cédulas raras. Para ele, a vontade em colecionar algum item é inexplicável e geralmente surge a partir de uma curiosidade singela, mas que cresce ao longo do tempo. 

"Vou te contar que isso (ato de colecionar) ninguém explica. Um colecionador carrega essa vontade desde criança, no meu caso foi com cédulas. Eu olhava para elas (cédulas) e ficava impressionado com a cor, o período, tudo mesmo. Até hoje eu não sei explicar o porquê a gente gosta disso, não tenho ideia (risos). Eu sei mesmo é que tenho amor. Quando eu pego uma cédula diferente, os meus olhos brilham", ressaltou Nilo. 

Colecionismo

Matéria sobre colecionismo. Crédito: Fernando Madeira

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