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Publicado em 20 de março de 2024 às 17:16
Recheado de atrativos turísticos como praias, cachoeiras e trilhas nas montanhas, o Espírito Santo também é palco de monumentos famosos e emblemáticos, que marcam a história de muitas pessoas.
Na Grande Vitória e na Região Noroeste, pelo menos quatro desses monumentos são destino de turistas e de capixabas que querem garantir um clique ou histórias misteriosas de mais de 50 anos. Fazendo um giro por Guarapari, Vila Velha, Serra e Colatina, o repórter-fotográfico Vitor Jubini conheceu um pouco mais de cada um deles.
Em Guarapari, um dos pontos de referência mais conhecidos da cidade é o ‘Tigrão’. Com cinco metros de altura, a estátua do felino, feita de fibra de vidro, foi instalada na ponte da Rodovia Jones dos Santos Neves, no Centro, em 1972.
A ideia surgiu para uma ação publicitária da petroleira Esso, em Vila Velha, e seria temporária. Com o sucesso, Dino Simões, dono de um posto de gasolina de Guarapari, pediu para que a estátua permanecesse no local após um ‘empréstimo’ da estrutura, e teve o pedido atendido. Desde então, o monumento ganhou roupagens diversas e se tornou um dos principais símbolos da Cidade Saúde.
Na Barra do Jucu, em Vila Velha, a imponente construção de um castelo guarda mistérios há mais de 20 anos. Torres, passagens subterrâneas e estátuas de soldados medievais estão entre os componentes do local.
O ‘rei’ do castelo é Mauro Lima, proprietário que contou com materiais reciclados na maioria da construção. “Do lixo das pessoas é que fiz o meu luxo, pois guardo os materiais há mais de 30 anos, e uma hora eles vão se compondo de alguma forma aqui”, disse Mauro em entrevista ao Em Movimento, da TV Gazeta, em 2019.
Segundo o criador do castelo, a estética de terror do local é para deixar um alerta para as pessoas. “Um dia existiu muito mal, e hoje ainda existe”.
Apesar dos cômodos diversos e de toda a história por trás da construção, Mauro prefere não abrir o espaço para visitação. Portanto, para contemplar o castelo, a ideia é conhecer os detalhes da parte externa.
Ainda na Grande Vitória, um boneco amarelo chama a atenção na divisa entre a Serra e a Capital, decorando a entrada de um posto de combustíveis.
De braços abertos e com cores vibrantes, o monumento era usado para enfeitar o extinto parque aquático Yahoo Family Park, fechado em 2015, na Serra, para dar lugar a um loteamento residencial.
Com um estilo futurista e ligado ao princípio do parque aquático em utilizar elementos alienígenas, o Boneco do Yahoo marcou época ao decorar os brinquedos do local, que contava com milhares de visitantes todos os meses.
Em Carapina, ainda na Serra, há outro modelo parecido do boneco, mas é praticamente coberto por placas de publicidade na entrada do residencial que tomou conta do espaço do parque.
Já em Colatina, na Região Noroeste do Estado, a Parada Gobetti, no distrito de Baunilha, reúne um conjunto de estruturas na altura do quilômetro 33 da BR-259.
A ideia, utilizada para atrair novos clientes, conta com estátuas de personalidades como Ayrton Senna, Elke Maravilha, Ratinho, Elvis Presley e Mr. Bean. Além dos famosos, personagens fictícios de HQ’s como Homem Aranha e Incrível Hulk são atrações ao lado dos personagens do seriado Chaves.
Entre os monumentos, leões, bois, cavalos, dragões e carros no estilo de ‘Os Flintstones’ chamam a atenção dos mais variados públicos, de todas as idades.
Em 2023, com a ajuda de uma impressora 3D, pesquisadores do Laboratório de Extensão e Pesquisa em Arte (LEENA) da Ufes reproduziram importantes obras capixabas para caberem na “palma da mão”, entre outras palavras, em miniaturas.
O coordenador de pós-graduação em Artes da Ufes, José Cirillo, destacou que ações como essa tornam possível ter a história do estado na palma da mão. "É tornar os monumentos táteis, que não só ocupem a praça pública, mas façam parte ludicamente da vida e do cotidiano", afirmou o pesquisador.
Ao total, são 519 monumentos no Espírito Santo. O projeto pretende reunir as principais obras que fazem parte do cotidiano no estado. Organizado desde 2011, a iniciativa agora chega à terceira fase, que tira as ideias do papel e levar para campo.
A iniciativa também promove a inclusão de pessoas com deficiência visual, pois assim é possível ter dimensão do formato tridimensional do monumento. Além disso, a ideia ainda prevê a criação de kits com atividades recreativas, pensadas para alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Além das miniaturas, o laboratório também produziu um livro detalhando a dimensão estética das artes do Estado.
Livro conta a história de monumentos populares do ES
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