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Publicado em 5 de junho de 2024 às 15:16
Arte e meio ambiente se misturam na mais nova exposição do Museu Vale, em sua atuação extramuros. A mostra “Folhear” abre no Dia do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta (5), e ocupará, simultaneamente, o Parque Botânico Vale, em Vitória, e a Reserva Natural Vale, em Linhares (Norte do estado).
Os visitantes poderão contemplar esculturas gigantes desenvolvidas pelos artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, com curadoria de Ronaldo Barbosa, utilizando folhagens dos próprios espaços de preservação da Mata Atlântica. As obras têm como uma das inspirações a topiaria, técnica de jardinagem para dar formas esculturais às plantas, criando assim um ser único e fantástico que se conecta com a natureza, transformando-se ao longo do tempo.
A exposição também contará com o projeto educativo desenvolvido pelo museu em parceria com a arte-educadora Janaina Melo, “Fabulando Folhear: entre palmeiras e seres imaginários”, com atividades ligadas à arte e natureza, para as visitas mediadas, oficinas e formação com professores e educadores.
A mostra tem entrada gratuita e ficará aberta de 5 de junho a 8 de setembro. Em Vitória, o funcionamento do parque é de terça a domingo, das 8h às 17h. Em Linhares, a visitação acontece de terça a domingo, das 8h às 16h. As visitas educativas para escolas podem ser agendadas no telefone (27) 9 9252-7525.
Ronaldo Barbosa explica que a obra foi feita para dialogar com o espaço e, sobretudo, causar algum estranhamento, que pode ser considerado um dos objetivos da arte contemporânea.“A princípio quando você chega até o espaço, a escultura se mistura à paisagem, mas quando fixa o olhar percebe que é um elemento estranho ao ambiente. As folhagens são ressignificadas pelos artistas e transformadas em 'pele vegetal', como descrevem, para a criação do ser fantástico, inaugurando o contexto para os elementos naturais”, afirma Barbosa.
A mostra é assinada por Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, autores da exposição Jardins Móveis, com materiais infláveis, que atraiu mais de 98 mil visitantes em 2017. Desta vez, eles desenvolveram três grandes esculturas - a maior tem aproximadamente 4 metros de altura e 10 metros de comprimento.
Os artistas escolheram como matéria-prima a própria natureza, por isso, as esculturas remetem a partes de um grande ser fantástico coberto por elementos naturais, sobretudo folhas. Rosana Ricalde explica que o maior desafio foi pensar em um trabalho que pudesse usar elementos encontrados nos espaços de preservação.
Já Felipe Barbosa conta que o propósito da exposição é instigar o mistério, a fantasia e a imaginação. “A nossa ideia é que o visitante tenha uma experiência lúdica em harmonia com a paisagem. Queremos abrir um espaço para a imaginação, de modo que cada visitante consiga tomar para si uma narrativa diferente”, diz.
Exposição “Folhear” começa nesta quarta-feira (5)
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