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Filhos de Carlinhos Brown, Saulo, Tonho Matéria e Reinaldinho formam banda de axé atualizado

Herdeiros do axé se unem, dando nova roupagem ao ritmo que consagrou seus pais. Banda Filhos da Bahia estreia com regravação de "Eu Também Quero Beijar" e possível show no ES

Nara Rozado*

Administrador / [email protected]

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 16:56

Miguel Freitas (à esquerda), Zaia, João Lucas e Raysson (à direita) formam a banda Filhos da Bahia, em cena desde 2021
Miguel Freitas (à esquerda), Zaia, João Lucas e Raysson (à direita) formam a banda Filhos da Bahia, em cena desde 2021 Crédito: Henriqueta Álvarez / Divulgação

Miguel Freitas -  o Migga -, João Lucas, Raysson e Zaia carregam no sangue o amor pelo axé. Afinal, os quatro são filhos dos cantores Carlinhos Brown, Saulo, Tonho Matéria e Reinaldinho (ex-Terra Samba), respectivamente, e carregam o DNA de artistas natos. A turma resolveu se unir e formar a banda Filhos da Bahia, que chega ao mercado fonográfico apresentando uma nova roupagem do axé e um single, que é a regravação de um hit da música brasileira.

"Eu Também quero beijar”, lançada em 1981 e conhecida na voz de Pepeu Gomes, está em todas as plataforma digitais. Nela, o quarteto optou por mesclar o axé com elementos do Lo-Fi, gênero de som relaxante que tem crescido muito entre os jovens atualmente.

Mas a turma aposta no que chamam de axé beat, gênero que leva o axé e a percussão da música afro-baiana a receber influências do funk, trap e pop.  “A gente deu esse nome (ao ritmo musical) por ser algo que tem muito a ver com a gente. Porque está nessas músicas também a influência do axé. Mas o grande lance é que as pessoas saibam que é um som que vem de lá da Bahia, que independente de ser mais pop hoje, tem uma escola que veio antes. [...] Quando o jovem hoje pesquisar sobre o que é o axé beat, no final, ele vai ter que pesquisar sobre o que é o axé, sobre o que foi tropicalismo, então também é uma corda cultural isso", conta Zaia.

Em entrevista ao HZ, o artista revela que a banda nasceu após o lançamento do projeto “Axé Noventa Graus”, em que seu pai Reinaldinho (ex-Terra Samba), Ninha (ex-Timbalada) e Tatau (ex-Araketu) se uniram cantando clássicos do axé e, segundo ele, “deu muito certo”. Foi aí que o artista convidou João Lucas para uma parceria musical que terminou com o convite a Miguel e Raysson, culminando na formação da banda.

De acordo com Zaia, a aposta no axé beat é necessária para ir ao encontro das novas tendências do mercado, mas sem perder as características da música e da cultura da Bahia. Unindo a tradição com a modernidade, a banda pretende trazer em seu repertório hits do axé music e os clássicos que marcaram a música brasileira e baiana, como a própria "Eu Também Quero Beijar".

Zaia afirma que, através desse repertório, o intuito da banda é trazer positividade e amor. E a prova de fogo acontecerá em breve quando a banda deve sair em turnê pelo país. “O nosso grande objetivo é ver as pessoas dançando. A expectativa está lá em cima, a gente está muito feliz e animadaço, preparando muita coisa nova”, afirmou.

POSSÍVEL VINDA AO ES

Sobre uma possível vinda do grupo ao Espírito Santo, o cantor afirma que está ansioso e revelou que há uma possibilidade desse encontro ser em breve. “Parece que vai rolar alguma coisa em dezembro. Não sei se está certo ainda, mas acho que vai rolar”, mencionou.

Para o carnaval, a banda pretende se inspirar na filosofia do cantor Saulo e lançar o bloco “Eu também quero Beijar” em várias cidades do Brasil. “Provavelmente, pelo andar da carruagem, a gente deve sair com blocos abertos ao público, pois a gente acredita que Carnaval é democrático, independente de qualquer coisa”.

*Nara Rozado é aluna do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Esta matéria teve orientação do editor de HZ, Erik Oakes

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