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K-pop: grupos de covers voltam a se reunir no ES

Fãs de música coreana criaram até covers virtuais durante a pandemia

Felipe Khoury

Repórter / fkhoury@redegazeta.com.br

Publicado em 30 de outubro de 2021 às 08:00

Fãs capixabas do gênero musical K-pop estão voltando a promover encontros para dar 'vida' à cultura asiática através da música, dança e estilo. Antes da pandemia, os chamados 'covers' de Música Pop Coreana se juntavam rotineiramente em diversas cidades do Espírito Santo, promovendo ensaios e até eventos.

Bandas como BTS, Black Pink, Red Velvet e Mamamoo são algumas das mais queridas pelos covers. De acordo com a fundadora do grupo Fantasy, Catharina Nobre, os encontros estão voltando, mas é uma retomada devagar, com um número contido de pessoas.

"Sentimos muita falta esse tempo em que ficamos longe uns dos dos outros. Agora que a maioria do Fantasy já tomou a primeira dose, estamos retomando com os ensaios presenciais. Pretendemos continuar fazendo os covers, mesmo que seja com as máscaras nos rostos", contou a líder do grupo Fantasy, criado em 2016.

Evento de K-pop Yunikonland
Evento de K-pop Crédito: Grupo Yunikon

Do inglês, a palavra ‘cover’ significa caracterização de um artista, cantor ou banda. Essa representação envolve diversos aspectos, como figurino, cabelo, maquiagem, expressão, dublagem e coreografia.

“As danças dos clipes de K-pop são muito fortes, geralmente criadas pelos próprios artistas. Nós gostamos muito de acompanhar isso, foi o que fez com que surgissem os covers. Ou seja, o intuito é aprender a coreografia”, destacou Catharina.

Na Grande Vitória, os encontros geralmente acontecem uma vez por semana na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no Parque da Pedra da Cebola e em academias. A integrante Katheleen da Silva, do grupo o Cosmic Dance Group, fundado em dezembro de 2017, contou que, para fazer parte das reuniões e ensaios, não basta apenas chegar.

“Para se tornar um membro é necessário fazer uma audição e mandar um vídeo dançando.  A partir daí, ele passa por uma avaliação e, em seguida, é chamado para a etapa presencial”, revelou Katheleen.

Depois de decoradas, as coreografias são divulgadas nas redes sociais, como Youtube e Instagram.

PANDEMIA

Por conta dos protocolos de saúde, os encontros presenciais foram substituídos pelos virtuais em 2020 e parte de 2021. Mesmo assim, os K-popers (como são chamados) deram um jeito de continuar na ativa para manter as redes sociais vivas  não abalar o engajamento, uma vez que precisam dessa interação online.

“Eventualmente, nós bolamos os covers à distância. Dividimos a coreografia em partes para os integrantes praticarem em casa, cada um tem a responsabilidade de ensaiar individualmente. Depois juntamos as danças na edição, em um único vídeo”, afirmou Catharina.

EVENTOS

Muitas vezes, essas danças não são meramente um hobby ou diversão. No mundo dos fãs de k-pop, existem diversos eventos que premiam as melhores performances de covers. No Espírito Santo, esses grandes festivais chegam a 900 pessoas, no caso dos gratuitos. Em Vitória, o último foi em 2019, o Yunikonland / Shake It, no Parque Pedra da Cebola.

“O evento possui duas modalidades: solo e grupo. Ambas oferecem prêmios, que vão desde troféus e certificados até um valor significativo em dinheiro. Já demos prêmio de R$500,00 para o primeiro lugar”, disse a líder e fundadora do grupo Yunikon, Rafaela Michalsky.

Segundo Rafaela, existe uma possibilidade de que em dezembro deste ano haja o primeiro retorno dos eventos. Porém, a organização do Yunikon assegurou que, caso ocorra, será em local aberto e seguindo as medidas de saúde.

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