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Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 11:53
A música de Tonico e Tinoco, dizendo que quem conhece Minas Gerais não esquece jamais, poderia ser facilmente aplicada ao Espírito Santo. Pedindo licença aos mineiros, as terras capixabas oferecem lugares marcantes e uma gastronomia diferenciada, que conta, por exemplo, com a tradicional moqueca.
Essa é a principal lembrança da dupla Cleber & Cauan, sertanejos que estão há mais de doze anos nos palcos do Brasil - algumas vezes no Espírito Santo. Na última sexta-feira (28), os artistas lançaram novo álbum com 14 músicas, oito delas inéditas, em "Cleber e Cauan no Rio Quente". Em entrevista a "HZ", os goianos contaram sobre o que viram e viveram no Estado, além da expectativa pelo novo disco, já disponível nas plataformas digitais.
"Cleber e Cauan no Rio Quente" saiu do forno há poucos dias, mas foi gravado ainda em 2021, em Caldas Novas, Goiás. Os meses de produção geraram ainda mais alegria e expectativa na dupla. Cleber conta que gravar um novo álbum é como esperar por um filho. Guardadas as devidas proporções, o artista, que escreveu uma das músicas do álbum para as filhas, relata a sensação de ver um novo material na pista.
"Quando gravamos um álbum é como se fosse um filho prestes a nascer. Curtimos a ansiedade e esperamos que as pessoas gostem, que a gente tenha acertado. Sabemos que parte do público vai gostar, mas são coisas novas nesse álbum, são outros estilos, como Barões da Pisadinha e Turma do Pagode. É um momento de bastante responsabilidade", detalha.
A dupla de Goiás conta com parcerias no novo álbum: Os Barões da Pisadinha, Turma do Pagode e Max e Luan, além de Matheus, da dupla com Kauan.
Mas como as parcerias são escolhidas? "HZ" perguntou! De acordo com Cleber, as afinidades começam ao longo da carreira, em festivais e shows ao redor do Brasil. É nesse momento que surge o interesse de gravar com outro artista. A ideia vai amadurecendo ao longo do tempo, até que surge uma oportunidade.
Segundo Cauan, a música tem que combinar com o artista. Não é algo forçado, mas que acontece de acordo com as expectativas e o perfil do convidado.
"Não adianta ser amigo do Henrique e Juliano, por exemplo, se a gente não acreditar que determinada música combina com os dois. Fizemos várias parcerias ao longo da carreira. Somos artistas da noite, cantamos de tudo nos bares, somos fãs de vários estilos musicais. O sertanejo é muito aberto a isso, e a gente gosta muito de navegar em outros estilos", conta.
"HZ" fez questão de perguntar a Cleber & Cauan sobre últimas passagens no Espírito Santo. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os shows têm sido mais raros, o que dificulta a vinda dos artistas. Mas não pense que eles esqueceram das últimas performances por aqui.
Os dois responderam rapidamente sobre as cidades do ES que os receberam: Marataízes, Piúma, Linhares, Serra, Vitória e Guarapari. Usando e abusando dos elogios, lembram momentos marcantes, em shows animados.
Cauan ainda acrescentou: "O público o Espírito Santo é um dos mais ecléticos. A gente espera voltar ao Estado".
São 14 faixas em "Cleber & Cauan no Rio Quente". Nove são composições de Cleber. "Boca Ocupada" e "Cabo de Guerra", por exemplo. Voltar a escrever é uma felicidade a mais, diz o artista.
Foi na pandemia, que chegou ao Brasil em março de 2020, que Cleber teve um momento mais apropriado para se dedicar a compor.
"Quando montamos a dupla, a gente escrevia mais músicas. Mas começamos a ir mais para noite, o que deixou menos tempo para compor. Mas músicas de nossa autoria fizeram sucesso, e a gente se aproveitou isso. Foi na pandemia que nós começamos a escrever novamente. Tem a ver com o período e com o momento que vivemos", conta.
Apesar de esperarem um 2022 melhor, com mais shows e contato com o público, a dupla lembra que a pandemia ainda não acabou. Torcendo pela melhora do quadro sanitário, Cleber & Cauan ficam na expectativa por meses melhores, com menos restrições na área da arte e cultura.
Estão sendo anos difíceis na saúde pública, e Cauan sabe disso. Foram dez dias internados com Covid-19 em uma Unidade de Terapia Intensiva. O cantor chegou a ter 75% dos pulmões comprometidos. Na época, ele falou que se salvou por um "milagre".
O cantor retomou as atividades e os trabalhos. Agora, com a saúde recuperada, espera, ao lado de Cleber, fazer sucesso com as músicas cantadas em Caldas Novas, Goiás.
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