Mês da Consciência Negra: o legado e a força da dança afro no Espírito Santo

Especialistas falam da herança que Mercedes Baptista deixou para a dança afro capixaba. Essa arte continua a moldar e enriquecer a cultura local

Vitória
Publicado em 30/11/2024 às 11h14

A cultura capixaba é um vibrante mosaico de tradições e influências diversas, que juntas formam a identidade capixaba. Neste mês da Consciência Negra, HZ mergulhou na fascinante história da dança afro no Espírito Santo.

Você sabia que em Vitória existe o Dia Municipal da Dança Afro-Brasileira? Comemora-se em 18 de agosto, homenageando a lendária Mercedes Baptista, pioneira da dança afro no Brasil. Em 1977, Mercedes trouxe sua arte e conhecimento para o estado, colaborando com o grupo de capoeira Beribazu e a escola de dança Lenira Borges Ballet Studio. Posteriormente Mercedes criou um espetáculo que se tornou um marco na história cultural capixaba.

Elídio Netto, da companhia Negraô, primeira companhia de dança afro do ES

Elídio Netto Rosa, da companhia Negraô, primeira companhia de dança afro do ES. Crédito: Vitor Jubini

Um nome que se destaca na perpetuação dessa herança é Ariane Meirelles, fundadora do Grupo NegraÔ em 1991. Ariane, que teve o privilégio de aprender diretamente com Mercedes Baptista, fundou o NegraÔ com a missão de promover espetáculos de dança baseados na cultura afro e negros através da arte, além de contribuir com a formação de indivíduos pretos na sociedade.

O Grupo NegraÔ, desde sua fundação, tem se dedicado a duas frentes principais: a produção de espetáculos que celebram a cultura afro e combatem o racismo, e a educação de jovens negros, promovendo a dança como uma ferramenta de valorização e empoderamento. Sob a direção artística de Elídio Netto, o grupo continua a inovar e a financiar a riqueza da cultura afro-capixaba.

Yuriê Pâmella Perazzini, especialista em dança afro

Yuriê Pâmella Perazzini, especialista em dança afro. Crédito: Vitor Jubini

A dança afro no Espírito Santo é mais do que uma tradição, é uma expressão viva e dinâmica que continua a moldar e enriquecer a cultura local. Yuriê Pâmella Perazzini, dançarina e pesquisadora, e Elídio Netto, Diretor Artístico e Coreógrafo do Grupo NegraÔ, reúnem conosco suas perspectivas e conhecimentos sobre a história e a importância da dança afro no Espírito Santo. Confira a matéria completa no vídeo.

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