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Publicado em 15 de agosto de 2023 às 14:03
Esperada pelo público capixaba, Misery, produzida pela companhia WB, finalmente aporta no ES com sessões sábado (19) e domingo (20) no Teatro da Ufes. O melhor é que você pode conferir as elogiadas performances de Mel Lisboa e Marcello Airoldi de graça. A montagem faz parte do projeto Diversão e Arte ArcelorMittal.
Os convites serão distribuídos por ordem de chegada na bilheteria do teatro nesta terça (15), a partir das 14h. Serão permitidos apenas 2 ingressos por CPF. É necessário apresentar documento oficial com foto e fazer a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal, açúcar e leite de caixinha) por ingresso. Os convites serão distribuídos no local e podem esgotar em dias, horas ou minutos. Então, fique espero e se organize para conseguir o seu!
Baseado em uma das obras mais conhecidas de Stephen King, que ganhou versão para o cinema com oscarizada atuação de Kathy Bates, em 1991, com o título de Louca Obsessão, Misery conquista o público por seu dom natural de dissecar a psicopatia humana, além de tentar definir os limites que permeiam a relação entre fã e artista, detalhando o quanto esse "carinho" pode ser destrutivo.
Qual a trama da peça afinal? Após sofrer um grave acidente de carro, o famoso escritor Paul Sheldon (Marcello Airoldi, ator de talento inquestionável), conhecido pela série de best-seller sobre a personagem Misery Chastain, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Mel Liboa, cada vez mais se despindo do estigma de símbolo sexual).
Autointitulada a principal fã do autor, Annie se revolta com o desfecho trágico da personagem Misery, descoberto em um manuscrito de Sheldon, e o submete a uma série de torturas e ameaças.
Traduzida e adaptada para o português por Claudia Souto e Wendell Bendelack, tendo como base o sucesso original da Broadway escrita pelo mestre Willian Goldman, "Misery" conta com requintados cenários e direção de arte.
A montagem brasileira traz um olhar contemporâneo para a obra. "A personagem da enfermeira, obcecada pelo escritor, sempre foi retratada no teatro e no cinema de forma estereotipada, como louca e histérica, enquanto Paul ocupava sempre o papel de vítima. Procuramos trazer uma Annie mais esférica, firmando um olhar que promove possíveis leituras para além daquela que coloca o gênero feminino no lugar da instabilidade trágica e que precisa ser comandada pelo masculino", comenta o diretor do espetáculo, Eric Lenate.
Mel Lisboa, em conversa com HZ, falou sobre o impacto que Misery provoca no público. "A plateia fica surpreendida com os efeitos, a troca de cenário e o palco giratório. Não só com a história, mas também se surpreendem com a produção".
Lisboa - premiada na TV com "Presença de Anita" e no cinema com obras como "Sonhos e Desejos" - adiantou que leu a celebrada obra de Stephen King, mas não se ateve apenas a ela para compor a personagem.
"Foi uma questão de complemento, para conhecer mesmo. Mas a personagem se baseia muito no trabalho cênico que tivemos durante os ensaios. A gente vai criando a nossa história e a maneira de contar".
Mel também afirmou que não se baseou na premiada atuação de Kathy Bates nas telonas. "Acho seu trabalho brilhante, mas nossa proposta era diferente. Não quero nem negar e nem tentar imitar Kathy. Sua performance fica de uma certa forma em meu inconsciente. Nossa proposta (cênica) é com outra abordagem, pensando que se passaram mais de 30 anos desde que o livro foi lançado", complementa.
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