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Morre Nelson Freire, maior pianista brasileiro, aos 77 anos

Nascido em Minas Gerais, Freire já foi tema de filme de João Moreira Salles e recebeu prêmios ao redor do mundo

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 10:08

Pianista Nelson Freire durante o Festival Internacional de Música de Londrina
Pianista Nelson Freire durante o Festival Internacional de Música de Londrina Crédito: Festival Internacional de Música/Divulgação

O pianista Nelson Freire, considerado um dos maiores do mundo, morreu na madrugada desta segunda-feira (1º), aos 77 anos. A notícia foi confirmada pela empresária de Freire ao jornal Estadão. O músico estava em casa mas as causas da morte ainda não foram reveladas.

Nascido em 1944, Freire é natural de Boa Esperança, em Minas Gerais. Ele deixou viúvo, o médico Miguel Rosário, e um irmão.

Seu talento para o piano sempre foi precoce. Aos três anos, ele já tocava o instrumento e aos 5 realizou seu primeiro recital.

Nelson se mudou com a família para o Rio e começou a estudar com as pianistas Nise Obino e Lúcia Branco. Aos 12 anos, ele se tornou um dos vencedores do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro e, na sequência, foi morar na Europa para estudar com os melhores professores do mundo.

Com 15 anos, Freire já dava seus primeiros concertos e, aos 19 anos, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Consagrado pela crítica europeia, Nelson chegou a tocar na Orquestra Filarmônica de Nova York e se apresentou por mais de 70 países ao longo da carreira. Na época, ele chegou a ser considerado um dos maiores pianistas de qualquer geração pela revista "Time".

Conhecido como um dos grandes intérpretes de Beethoven, o músico foi o único brasileiro a ser incluído na Great pianists of the 20th century, coletânea de 100 volumes com gravações de 72 pianistas lançada mundialmente.

Em 2019, Freire sofreu um acidente durante uma caminhada no Rio e passou por cirurgias no ombro. Ele voltaria aos palcos em 2020, mas a pandemia impediu as apresentações.

*Com informações do G1 e do Estadão.

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