Netflix promete acabar com o compartilhamento de senhas em 2023; entenda

Além disso, serviço de streaming lança assinatura mais barata, mas com conteúdo limitado e com anúncios, no próximo dia 3 de novembro

Netflix

Netflix pretende cobrar uma taxa extra para assinantes que compartilham senhas com pessoas que moram em outra residência. Crédito: Pixabay

Não importa se você paga o plano mais caro - no caso, o Premium -, que custa R$ 55,90, com direito a quatro telas simultâneas. A Netflix está decidida a acabar de vez com a prática de senhas compartilhadas.

Em um comunicado recente, a gigante do streaming anunciou que, entre suas próximas estratégias de mercado, está a criação de contas com publicidade, com uma mensalidade mais barata, e a cobrança de taxas extras para quem pratica o "compartilhamento pago", ou seja, empresta a assinatura para pessoas que não moram na mesma casa.

Após perder um milhão de assinantes em todo o mundo em apenas três meses, e promover cortes relacionados a novos conteúdos, a plataforma começou a testar o que chamou de "Membro Extra". Em março deste ano, começou a cobrar - em países como Peru, Chile e Costa Rica - uma taxa para cada conta que possuiu usuários em outro domicílio. A medida causou muita polêmica.  

Essa cobrança deve chegar em todos os países onde o streaming atua, incluindo o Brasil, nos próximos três meses. Dependendo do lugar, segundo o portal UOL, a taxa pode ficar entre US$ 2,12 (cerca de R$ 11) e US$ 3 (R$ 15) extras. Se você paga R$ 55,90 por quatro telas, provavelmente precisará pagar entre R$ 11 e R$ 15 a mais se um dos usuários não mora com você.

Nessa hora, você deve estar se perguntando: "já pago telas simultâneas para mais pessoas assistirem!". Fique atento, pois em nenhum momento o serviço garantiu que usuários que moram em outras residências podem usufruir desse benefício. 

Ainda em fase de testes, a Netflix criou uma possibilidade de transferência de perfil entre assinaturas, facilitando a criação de novas contas para quem está saindo de uma assinatura compartilhada. Com essa nova prática, será possível levar seu perfil com todo o histórico, incluindo listas de títulos salvos e até o episódio em que parou nas séries. O processo deve ser posto em prática oficialmente a partir de janeiro de 2023, quando deve ocorrer o fim dos compartilhamentos de senha sem taxa extra. 

MENOS "DINDIN"

De olho na crise mundial - e já pensando na polêmica e no desgaste que o fim das senhas compartilhadas vai causar  -, a Netflix lança no Brasil, a partir do próximo dia 3 de novembro, uma assinatura mais barata, que contará com publicidade.

O novo plano custará R$ 18,90, bem mais em conta que o mais básico atualmente, que custa R$ 25,90. Mas fique ligado que o novo serviço promete ter limites de acesso. 

A novidade estará disponível em 12 países. Além do Brasil, o plano vai funcionar na Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México e Reino Unido.

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De acordo com a plataforma, os anúncios do novo plano devem funcionar da seguinte maneira: a cada uma hora de programação, o usuário terá visto um tempo total de 5 minutos de propaganda sem poder pular. Os anúncios serão divididos em várias propagandas de 20 a 30 segundos, espalhados por toda a projeção. 

E não é somente essa regra. O plano mais barato não disponibilizará todo o catálogo do streaming. Cerca de 10% dos filmes e séries não estarão disponíveis (por conta de restrições publicitárias) e a qualidade será de, no máximo, 720p. Além disso, a conta só poderá ser usada por uma tela de cada vez.

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