• Aquiles Reis

    Aquiles Reis é músico e vocalista do MPB4. Nascido em Niterói, em 1948, viu a música correr em suas veias em 1965, quando o grupo se profissionalizou. Há quinze anos Aquiles passou a escrever sobre música em jornais. Neste mesmo período, lançou o livro "O Gogó de Aquiles" (Editora A Girafa)

Novo disco de Alberto Rozenblit tem um time repleto de talentos

Publicado em 04/04/2023 às 13h56
Capa do disco

Capa do disco "Passeando", de Alberto Rosenblit. Crédito: Divulgação

  • De: Aquiles
  • Para: Alberto Rozenblit


Oi, Alberto. Inicialmente, tô aqui para falar de “Arpoador”, tema seu que abre a tampa do novo álbum "Passeando" (Chocolate Produções). Para tanto, citarei cada um dos instrumentistas que gravaram essa música, pois lhe assevero que senti enorme satisfação ao verificar que um grande e completo naipe de cordas está presente, não só nesse como também em oito dos dez temas cheios de bossa do disco – como estiveram em muitos LPs inesquecíveis de antanho, né? A exemplo dos arranjos que Dori Caymmi vem fazendo para as cordas da St. Petersburg Studio Orchestra, Alberto Rozenblit gravou com uma orquestra de cordas nacional! Uau!

Vamos a eles. Violinos: Bernardo Bessler (spalla), Antonella Pareschi, Ana Catto, Mariana Salles, Luísa de Castro, Fernanda Donato, Renata Athayde, Fernando Matta, Rudá Issa, Andréa Moniz, Daniel Albuquerque e Pedro Miribelli; violas: Christine Springuel, Ivan Zandonade, Dhyan Toffolo e José Ricardo Taboada; cellos: Marcus Ribeiro, Hugo Pilger, Jaques Morelenbaum e Janaina Salles.

Acrescido da flauta em sol da Andrea Ernest Dias, do flugelhorn do Jessé Sadoc e do Diogo Gomes, do trombone do Rafael Rocha e do Everson Moraes, do seu piano, Alberto, é claro, do violão e da guitarra elétrica do André Siqueira, do contrabaixo do Jorge Helder, da bateria do Jurim Moreira e da percussão do Sidinho Moreira, seu arranjo tem amplidão enciclopédica.

Além dos citados, nova bela surpresa, a presença de muitos outros bem-vindos sopros: flauta em dó (Andrea Ernest Dias e Marcelo Martins), clarineta (Dirceu Leite), saxes alto, tenor e soprano (Marcelo Martins), oboé (Rodrigo Herculano), clarinetas (Lucia Morelenbaum e Eduardo Morelenbaum), piccolo e flauta em dó (David Ganc), flauta em dó (Floor Polder), sax tenor (Zé Carlos “Bigorna”), oboé e corne inglês (Rodrigo Herculano), clarineta (Cristiano Alves e Paulo Sergio Santos), fagote (Ariane Petri), trompa (Philip Doyle e Chico Trompa), trombone (Everson Moraes), trombone baixo (Leandro Dantas), trompete e flugelhorn (Jessé Sadoc e Diogo Gomes).

E tem a imprescindível “cozinha”, complementada pelas grandes feras Marcio Bahia (bateria), Mu Carvalho (órgão, acordeom, minimoog e piano Hammond), Roberto Menescal (violão), Lula Galvão (violão), Rômulo Gomes (contrabaixo), Felipe Larrosa Moura (bateria), Cristóvão Bastos (piano), David Rosenblit (piano), Pedro Moita (marimba) e Ian Moreira (percussão).

Por favor, meu véio, creia que minha intenção era comentar cada música do seu disco, mas, ao fim e ao cabo, findei optando por homenagear todos, eu disse todos, os instrumentistas ali presentes, citando-os um a um. Pois veja, meu amigo, Passeando é um álbum que me tocou como homenagem aos seus colegas, bem como aos que adoram música; um tributo ao instrumental brasileiro que você, acertadamente, dedicou ao nosso Roberto Menescal.

Bem, Alberto Rozenblit, agora eu me despeço com um abraço agradecido por seu talento posto na roda fonográfica em forma de um CD seminal.

Aquiles

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