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"Nunca parei de tocar", diz músico do ES que superou câncer

Percussionista Vitor Alves contou para HZ como foi a descoberta do câncer e como a música o fortaleceu no processo

Liege Vervloet

Administrador / [email protected]

Publicado em 16 de abril de 2024 às 16:57

Entre o batuque do samba e do tambor, a paixão pela música sempre esteve presente na vida de Vitor Alves. Percussionista na banda do cantor Leozinho há 4 anos, no final do ano passado o músico, que é do Pará, mas vive no ES, começou a sentir muitas dores e alergias pelo corpo, que já eram sintomas do câncer se manifestando. 

"Eu estava em Belém, trabalhando com música e comecei a sentir febre e ter alergia no meu corpo... em uma dessas crises fui para o hospital, fiz exames e descobri um linfoma", disse. Diante da descoberta, o tratamento da doença, com sessões de quimioterapia, durou cerca de 6 meses. Vitor revela ter sentido muita falta da rotina de shows, mas prometeu a si mesmo que não iria parar de tocar.

Músico e percussionista Vitor Alves
Músico e percussionista Vitor Alves está curado do câncer Crédito: Instagram

“A música foi muito importante para eu ter ânimo e conseguir me reerguer de fato, durante o tratamento. Mesmo sentindo muita dor eu fazia pelo menos um show por fim de semana, parar mesmo eu nunca parei”, completou. Além da música, o artista voltou com a rotina de treinos e chegou a publicar no Instagram um vídeo lutando boxe enquanto fazia o tratamento.

"Eu tive um retorno bem bacana das pessoas mandando coisas positivas, falando que estavam torcendo e acompanhando meu retorno, foi surreal toda essa recepção!". Além disso, quem nunca fez o artista desistir foi o filho Ravi, de apenas 3 anos, que tem autismo.

"Ele tem autismo e é um menino muito inteligente. Lutamos pela igualdade e pelos direitos, foi muito difícil a fase do tratamento pois tive que ficar longe dele. Mas deu tudo certo, tive que ter muita força e ele com certeza ajudou a me levantar e finalizar esse ciclo"

Quando olha para trás e enxerga todos os desafios que vivenciou, Vitor diz ter aprendido a dar mais valor às coisas e pessoas. "Hoje em dia sou bem mais paciente, com a rotina, com a casa, com a música. Comecei a observar mais as coisas, trabalhar minha paciência, ser mais compreensivo, e claro, dar mais valor às pessoas e ao esporte", finalizou.

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