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Publicado em 29 de março de 2022 às 08:01
O remake de "Pantanal" estreou nesta segunda-feira (28) na Globo justificando o investimento do telespectador em aparelhos de alta definição, com muitas e muitas polegadas. Imagens aéreas de paisagens, o voo dos pássaros e o movimento da boiada em câmera lenta, logo nos primeiros minutos da estreia, mostraram que, com as novas tecnologias, a versão atual da trama tem tudo para resgatar o impacto da original.
Ficou claro que os drones são os novos protagonistas. Com eles, o diretor Rogério Gomes, o Papinha, responsável pelos 60 primeiros capítulos, pôde capturar as imagens aéreas sem medo de ser feliz. Na primeira versão, o diretor, Jayme Monjardim, teve de gravar em balões ou colocar cinegrafistas pendurados em portas de aviões.
Logo na primeira cena do remake, uma tomada aérea mostra uma estrada de terra em meio ao verde da vegetação, com música instrumental acompanhada do canto dos pássaros. A qualidade do som dos televisores bons de hoje, próxima à do cinema, também evidencia o quanto as ferramentas tecnológicas modernas fazem jus àquilo que "Pantanal" já apresentava em 1990, mas que chegava ao público sob as restrições dos pequenos e quadrados televisores, em meio a chuviscos da transmissão analógica.
"Pantanal" de 1990 foi um marco por levar à TV uma linguagem mais cinematográfica, com um ritmo mais lento e imagens contemplativas. Só agora, contudo, a TV realmente chega perto da qualidade do cinema, e por isso o remake do "Pantanal" faz todo o sentido.
As cenas noturnas, que eram um problema em 1990 em razão das dificuldades com iluminação nas remotas locações pantaneiras, são agora uma atração à parte, com céus azulados e cheios de estrelas, depois do pôr do sol, deslumbrante, que já brilhou na versão original e promete ser um grande astro do remake.
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