Administrador / [email protected]
Publicado em 11 de maio de 2022 às 08:00
A reforma do antigo Hotel Majestic, localizado no Centro de Vitória, ganhou novos capítulos. O local, que agora pertence à Associação Alef Bet, já está funcionando como a nova sede do Centro Cultural Casa Ayalon. A primeira etapa das obras contemplou o projeto Chai Vida, com a “Cozinha Escola” e custou cerca de R$ 411 mil. Nesse espaço, idosos em situação de vulnerabilidade social, cadastrados na entidade, recebem refeições diariamente.
A estimativa é de que o valor total do investimento seja de R$ 4.639.539,17, captados através de doações, parcerias e projetos complementares. Já em relação ao prazo de entrega total do edifício, a previsão foi estendida.
O anúncio feito em 2020 era que tudo estivesse pronto e funcionando em 2023. Porém, dependendo de doações, a promessa da Associação é de que tudo fique pronto em até cinco anos, com a conclusão das obras em 2027.
O projeto para a Casa Ayalon, nome do espaço que ocupa o antigo Hotel Majestic, contempla a criação de dois auditórios, um anfiteatro, salas de multiuso, informática, vídeo e biblioteca nos quatro pavimentos do imóvel. Até a agora, a Associação realizou toda parte de contenção de riscos, hidráulica e também o primeiro andar do prédio.
“Esse espaço do antigo hotel Majestic se tornará a Casa Ayalon, que em hebraico significa ‘carvalho que abriga muitas pessoas’. Aqui será organizado um serviço em atendimento ao núcleo familiar. A Associação Alef Bet não possui fins lucrativos. O nosso objetivo é realizar ações planejadas e continuadas nas áreas intersetoriais da assistência social, da cultura e da educação”, afirma Vanessa Abreu, gerente de projetos da Associação.
A entidade conquistou o direito de investir no antigo Majestic por 15 anos, via edital de concessão do governo do Espírito Santo. Nesse tempo, a associação também contou com recursos da Fundação Banco do Brasil. Em torno de R$ 350 mil foram doados para as obras da “Cozinha Escola”, bem como a aquisição dos equipamentos. Atualmente, cerca de 65 idosos são atendidos pelo projeto.
Com 1.500 m², o edifício foi inaugurado em 1926 e funcionou como hotel até 1964. Depois, o imóvel abrigou a Escola Brasileira durante alguns anos. Inclusive, o interior do imóvel ainda guarda lembranças da época, como as salas de aula com os antigos quadros negros. Segundo o arquiteto e urbanista, Leandro Terrão, o layout do colégio ajudou para a construção do novo projeto.
“Foi uma coincidência muito feliz para este projeto encontrar o layout interno da escola. Nós conseguimos aproveitar a disposição encontrada para elaborar as novas salas multiuso e oficinas socioprodutivas. Deu para aproveitar grande parte dessa estrutura" ressaltou Leandro.
Enquanto os demais pavimentos não ficam prontos, a associação toca as oficinas e projetos em um espaço alternativo no Centro de Vitória, cedido pela Sinagoga Rechovot. Além das rodas de conversas e atividades com os idosos, há também musicalização para crianças e adolescentes com aulas de flautas, clarinete, trompete, saxofone, piano, teclado, bombardino e coral.
A meta da Associação agora é angariar recursos para continuar as próximas etapas das obras do imóvel. Para isso, eles pedem a contribuição de empresas parceiras e doadores voluntários. Os interessados podem entrar em contato através do site e redes sociais da “Alef Bet”.
“Está sendo um desafio muito grande porque a gente precisa de muito recurso. Estamos no caminho agora para encontrar essas empresas que queiram abraçar essa causa e colaborar financeiramente. Isso vai fomentar a ampliação dos nossos projetos”, ressalta Vanessa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta