Série capixaba "Hora dos Sinais" ensina Libras para bebês com deficiência

Atração, produzida por Kevin Valdo, conta com quatro episódios (de 30 minutos cada) disponíveis na plataforma My Signing Time

Bastidores das gravações da minissérie capixaba

Bastidores das gravações da minissérie capixaba "Hora dos Sinais para Bebês". Crédito: Andressa Freitas

Na luta por uma sociedade mais inclusiva, em que diferenças são respeitadas e arestas apaziguadas, surge a minissérie capixaba "Hora dos Sinais para Bebês", que, como o nome sugere, tem como objetivo de ensinar a língua de sinais para bebês e crianças com idade de zero a 36 meses. 

Produzido por Kevin Valdo, da Valdo Studios, e gravado com a participação de cerca de 40 famílias do Estado em pontos turísticos, como Parque da Cebola, Ilha do Frade, Parque da Fazendinha e Praia de Camburi, em Vitória, entre os meses de abril e setembro de 2021, o programa conta com quatro episódios (de 30 minutos) e está em cartaz na plataforma My Signing Time.

Entre os planos disponibilizados pelo serviço, há o acesso vitalício pelo valor de R$ 210. O canal, que é norte-americano, conta com várias atrações para pessoas com deficiência, especialmente crianças, em vários idiomas.

"HZ" teve acesso a um dos episódios de "Hora dos Sinais para Bebês". A atração se destaca pela excelência técnica, com esmerada edição e direção de arte, e preocupação com o caráter educativo do projeto. Entre canções, animações e cenas gravadas com a participação dos convidados em locação externa, a atriz Cassia Capellini ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) aos pequenos. A concepção do programa contou com apoio da especialista em Libras Iraci Freire. Abaixo, veja trechos da atração.

"Nossa ideia sempre foi colocar do Espírito Santo no mapa de produções inclusivas para pessoas com deficiência . 'Hora dos Sinais para Bebês' atende uma demanda por educação, não apenas para portadores de deficiência auditiva. Também conseguem ser impactados pela atração, em formato de ferramenta de comunicação, pessoas com Síndrome de Down, autismo, dislexia e quem possui algum distúrbio de linguagem", enumera Kevin Valdo, enfatizando o caráter social da empreitada.

"Temos consciência de que a minissérie é um importante projeto de inclusão social para crianças surdas na conquista de habilidades para melhor se comunicarem, se sentirem valorizadas e compreendidas. O programa é lúdico e um fenômeno entre crianças de todas as idades no exterior".

Por falar em mercado externo, Kevin, e sua produtora, é o único brasileiro a conseguir autorização para tocar o projeto, adaptado do sucesso "Baby Signing Time", criado pelas irmãs Emilie Brown e Rachel Coleman a partir das suas experiências com filhos deficientes auditivos.

Rachel, que também é apresentadora da série na versão americana, atua no conselho da Associação Nacional de Crianças Surdas Norte Americana e é chefe da Fundação Signing Time. Nos Estados Unidos, o programa foi indicado ao Emmy e exibido pela Netflix, Nickelodeon e na TV aberta, tendo sua metodologia implantada em diversas pré-escolas e instituições de ensino do país.

"Essa também é a nossa meta: tentar levar a metodologia para o sistema de ensino, tanto público quanto privado. Para isso, buscamos parceiros. Ainda em 2022, queremos implantar o projeto 'Treinamento Hora de Sinais', para ensinar Libras e criar acessibilidade a profissionais de educação. A estratégia vai além da língua dos sinais, mas também levar prática de acolhimento às escolas para pais e pessoas com deficiência", adianta Kevin Valdo.

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O diretor executivo afirma que uma nova temporada de episódios de "Hora dos Sinais" está em análise. "Vamos esperar a resposta do mercado para produzir mais conteúdo. Entre os próximos passos, está o processo de distribuição, essencial para atingirmos um público cada vez maior. Vamos negociar com alguns serviços de streaming (como a Netflix e Amazon Prime) e, futuramente, também exibir a minissérie no sistema de ensino. Dando um passo de cada vez, atingiremos o nosso objetivo", complementa. 

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