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Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 16:27
Após o sucesso em 2021, a história de Pedro Roiter, o viajante do tempo que chega em 2022 para salvar a humanidade de seu fim em 2062, e da doutora Elisa Amaral, que embarca nessa missão, ganham novos desdobramentos. Para a alegria de fãs e ouvintes, o podcast original Spotify "Paciente 63" retorna com sua segunda temporada nesta terça-feira (8).
"Fico bastante impactado quando percebo a contemporaneidade dessa história", diz Seu Jorge, 51, que vive Pedro Roiter. A trama recebe agora 10 novos episódios e se torna mais atual do que a primeira temporada, lançada no ano passado. A luta contra o vírus Pégaso e para evitar uma "geração entre pandemias" ganha um novo capítulo com mais uma viagem no tempo, para 2012.
Na sequência, Elisa Amaral inverte os papéis e se torna a paciente número 63, conhecendo outra versão de Pedro Roiter. Agora, após uma viagem de 10 anos ao passado, ela tenta entender se o amor é capaz de transcender a barreira do espaço-tempo e procura a resposta para saber se o fim do mundo em 2062 é realmente inevitável.
"Tudo o que foi apresentado na primeira temporada é desenvolvido agora na segunda", explica Mel Lisboa, 40, que dá voz para Elisa Amaral. Para a artista, a grande diferença dos novos episódios é que eles lidam, de uma vez só, com o presente (em 2022), o passado (em 2012) e um futuro não tão distante da nossa realidade (em 2062).
Apesar de abordar viagem no tempo e um vírus com um novo nome, a história carrega verossimilhança ao tratar de temas como a pandemia do coronavírus e até mesmo sobre cancelamento nas redes sociais. "É como se fosse uma prospecção do que o momento que vivemos agora possa se tornar", completa a artista, que também se prepara para a estreia de "Cara e Coragem", próxima novela das 19h da Globo.
"Tudo o que o Pedro Roiter fala realmente pode acontecer, eu não acho absurdamente fora da realidade. Seria diferente fazer uma série de um vírus que assola a humanidade em 2018", completa a atriz em coletiva de imprensa virtual, da qual a reportagem participou. Seu Jorge também afirma que enxerga possíveis mudanças em um futuro não tão distante, assim como seu personagem propõe.
"A criança de 3 anos hoje, que já olha para todos de máscara e sabe que tem que usar álcool em gel, de repente num futuro próximo não se interesse mais em aglomerar", diz o cantor, dono de sucessos como "Burguesinha" (2007) e "Amiga Da Minha Mulher" (2011). Para ele, grandes eventos, como o Réveillon de Copacabana ou o Carnaval do Rio de Janeiro, podem até deixar de existir daqui algumas décadas.
A nova temporada, assim como a primeira, foi gravada com os protagonistas separados. No entanto, Lisboa explica que, dessa vez, a separação ocorreu por questões de agenda, e as partes dela e de Seu Jorge foram feitas com cerca de dois meses de diferença.
Os protagonistas ainda reforçam que ver a crescente do gênero de podcast, para além de produtos não-ficcionais, é algo admirável. "É uma grande surpresa também ver o sucesso do gênero, trazendo mais atores, histórias e conteúdo", diz Seu Jorge, que completa ao classificar o podcast ficcional como um produto extremamente sensorial.
Lisboa ainda diz que o sucesso do gênero se deve ao gosto do ser humano por contar e ouvir histórias. "Nós sempre contamos histórias, e é muito bacana que este mercado esteja se abrindo, porque qualquer história pode ser contada", complementa a artista. "Que bom que o Paciente 63 teve essa ótima recepção dos ouvintes."
E para o futuro, Lisboa não esconde que ainda há "pano para manga" para fazer uma terceira temporada. Segundo a artista, a continuação do podcast dependerá da recepção que terá a segunda temporada. A história é uma adaptação de "Caso 63" (2020), trama criada pelo escritor e roteirista chileno Julio Rojas.
A primeira temporada estreou em julho de 2021, e colocou o projeto como terceiro podcast mais popular no Spotify no Brasil na categoria ficção, de acordo com a Parada de Podcasts.
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