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Publicado em 8 de março de 2023 às 09:00
O Dia Internacional da Mulher não será comemorado apenas nesta quarta-feira (8). Em Vitória, tem concerto especial da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo somente com obras de compositoras na quinta-feira (9), a partir das 20h, no Sesc Glória, no Centro de Vitória.
Os ingressos para o Especial Compositoras, dentro da Série Quinta Clássica, custam R$ 20 (inteira), R$ 12 (conveniado) e R$ 10 (meia-entrada e comerciários). Eles podem ser adquiridos na bilheteria do Sesc Glória ou online.
Nesta apresentação, o público conhecerá o legado de cinco autoras, com obras que trazem a memória de um contexto artístico e social. Entre elas, estão a francesa Cécile Chaminade e a inglesa Ethel Smyth, que foi a primeira mulher a ter o trabalho apresentado no Metropolitan Opera House, em Nova York. Smyth também integrou o movimento de sufrágio feminino, para o qual compôs a “Marcha das Mulheres”, que se tornou hino na Inglaterra.
O concerto traz ainda obras da alemã Emilie Mayer (1812-1883) e da americana Florence Price (1887-1953), esta foi considerada a primeira compositora afro-americana a ganhar status nacional. Nascida em Little Rock, Arkansas, em 1887, Price ganhou o primeiro prêmio no Concurso Wanamaker, com a “Sinfonia em Mi menor”, tornando-se a primeira compositora de ascendência africana a ter uma obra sinfônica executada por uma grande orquestra sinfônica nacional.
As solistas da noite, a oboísta Nathália Maria e a harpista Maíni Moreno, ainda farão uma homenagem à pianista e compositora alemã Clara Schumann. "É uma grande honra poder tocar essa peça tão linda. Tenho formação em flauta transversal e há cerca de alguns anos migrei para o oboé, ou seja, alguns repertórios e compositores têm sido uma grande descoberta para meu instrumento, e Clara Schumann é uma delas”, afirma Nathália Maria, atual oboísta da Oses.
“Um adendo muito importante é o fato de Clara Schumann ter tido a mesma formação que seu marido, recebendo até certo prestígio na época por ser virtuose. Porém, Robert Schumann acabou obtendo mais destaque ao longo dos anos. O apagamento feminino é geracional e sistêmico”, completa a musicista Nathália Maria.
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