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Teatro Carlos Gomes terá obras de R$20 milhões após quatro anos fechado

As obras terão início no primeiro semestre de 2022, com previsão de entrega para 2024. O projeto contempla melhorias de acessibilidade,  climatização, sonorização, além da instalação de um café

Felipe Khoury

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Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 13:24

Obras de restauração do Teatro Carlos Gomes iniciam no primeiro semestre de 2022.
Obras de restauração do Teatro Carlos Gomes iniciam no primeiro semestre de 2022. Crédito: Governo do ES

Após quatro anos de portas fechadas, o Teatro Carlos Gomes, no Centro de Vitória, deve receber a tão esperada reforma no primeiro semestre de 2022. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira (09), pelo governador Renato Casagrande durante coletiva no Palácio Anchieta, também na Capital. Com previsão de entrega para 2024, a restauração terá um valor de R$ 20 milhões e contará com recursos públicos e privados.

Sem funcionar desde dezembro de 2017 por conta de problemas no ar condicionado e no telhado, o patrimônio ganhará melhorias de acessibilidade, acústica, climatização e iluminação. O projeto também prevê o restauro dos ornamentos, piso, pinturas e mobiliário, além da instalação de novos camarins, vestiário, banheiros, elevador. O local ainda terá nova entrada e bilheteria, além de um Café no foyer superior, que será aberto ao público e contará com um espaço expositivo.

Imagem ilustrativa da reforma do Teatro Carlos Gomes
Imagem ilustrativa da reforma do Teatro Carlos Gomes Crédito: Secult

"A expectativa é de iniciar as obras no primeiro semestre do ano que vem. Vale destacar que, além da reforma, o projeto tem todo o aspecto do dinamismo da relação desse equipamento com a cena cultural, como centro da cidade. É um projeto que resgata a história e entrega para a cidade, não só o patrimônio material restaurado, mas também com outras novidades, como o Café”, ressaltou o Secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha.

Imagem ilustrativa de como será o Café após a restauração do Teatro Carlos Gomes
Imagem ilustrativa de como será o Café após a restauração do Teatro Carlos Gomes Crédito: Secult

Por meio da Lei de Incentivo à Cultura, serão investidos R$ 10 milhões por parte da EDP, enquanto a outra metade virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A execução do projeto ficará por conta do Instituto Modus Vivendi, que recentemente realizou o restauro do Santuário de Anchieta.

"Vamos preservar as características originais do Teatro, mas também trazer a modernidade, tanto na parte de sonorização, com as melhores tecnologias, quanto na de iluminação. Manteremos a capacidade total de lugares, com acessibilidade. Vamos colocar elevador para ter essa condição acessível”, afirmou a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel Varejão.

Imagem ilustrativa das novas instalações do Teatro Carlos Gomes
Imagem ilustrativa das novas instalações do Teatro Carlos Gomes Crédito: Secult

Em 2019, o Governo do Espírito Santo fez o levantamento e diagnóstico das necessidades para a reforma e restauro do teatro. Em 2020, foi executado o processo de licitação e contratação do projeto arquitetônico no valor de R$ 337 mil.

IMPORTÂNCIA PARA O CENTRO 

Localizado no Centro de Vitória, o mais antigo teatro do Espírito Santo abriu suas cortinas pela primeira vez em 5 de fevereiro de 1927, preenchendo a lacuna deixada pelo Teatro Melpômene, demolido após um incêndio.

“Nós temos o prazer de ser o espaço onde sedia o Teatro, para gente é um equipamento muito especial. Esse período que o espaço ficou parado em função dos problemas apontados pelo Estado, nos deixou carentes. O Centro de Vitória concentra muitos atores, vários moram aqui. Agora é a retomada da alegria, será muito bom ver o teatro funcionando e ter as pessoas vindo no Carlos Gomes”, ressaltou Lino Feletti,  presidente da associação de moradores do Centro

IMPACTO NA CULTURA

Com o espaço fechado, muitos artistas capixabas perderam um de seus mais importantes locais de trabalho. A representante da classe artística, Nieve Mattos, explicou os impactos que a cultura do Espírito Santo sofreu durante os quatro anos em que o Carlos não pôde ser utilizado.

“O Teatro Carlos Gomes fechado afeta os artistas de duas formas: o primeiro é o financeiro, porque é um espaço público e, por isso, as companhias conseguem se apresentar gratuitamente. O segundo é o impacto artístico. Não temos um espaço no Espírito Santo para realização de temporadas. Sem elas, não há como um espaço amadurecer. E ter um local que dê condições para ficar mais tempo, ajuda demais na qualidade da obra”, disse Mattos.

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