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'A Casa do Dragão' traz de volta universo de 'Game of Thrones'

Spin-off de uma das séries de maior sucesso nas últimas décadas possui enredo que retorna 200 anos antes da história original, num arco narrativo focado na dinastia de Targaryen

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 10:08

Cena do Trailer Oficial Extendido de de A Casa Do Dragão
Cena do Trailer Oficial Extendido de A Casa Do Dragão Crédito: HBO Brasil

Game of Thrones - ou A Guerra dos Tronos - chegou ao fim três anos atrás com recorde de audiência para a HBO, 59 Emmys, inúmeras citações em outros produtos culturais e uma transformação na maneira como obras de fantasia eram feitas e aceitas, especialmente na televisão.

Mas a oitava temporada também decepcionou muitos dos fãs, que a acharam corrida, um tanto sem sentido (Bran?) e injusta com diversos personagens, especialmente a favorita Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), Dany para os íntimos.

Quando a HBO anunciou que, dos vários projetos de spin-off, inclusive um piloto rodado ao custo de US$ 30 milhões e cancelado, a série que seguiria adiante seria focada nos Targaryen, muitos enxergaram A Casa do Dragão, que chega à HBO e HBO Max no domingo, 21, como uma maneira de redimir a saga e Dany.

"Acho importante diferenciar esta série de Game of Thrones", disse em entrevista, com a participação do jornal O Estado de S. Paulo, Miguel Sapochnik, co-showrunner de A Casa do Dragão com Ryan Condal.

Ele é conhecido por ter dirigido alguns dos melhores episódios da série original, incluindo Battle of the Bastards, pelo qual ganhou o Emmy de direção. "Nós sentimos a responsabilidade de fazer um bom trabalho. Mas o mais importante era focar no que estávamos fazendo e não no que tinha sido feito. Pois o que passou não era nosso problema."

A Casa do Dragão se passa cerca de 200 anos antes de Game of Thrones. No início de GoT (como é conhecida a famosa série), Daenerys e seu irmão Viserys (Harry Lloyd) são os últimos sobreviventes da Casa Targaryen, estão exilados, e os dragões, extintos, até ela receber três ovos que darão origem a Drogon, Viserion e Rhaegal. Em A Casa do Dragão, os Targaryen estão no ápice.

"Eles são incontestáveis, há vários príncipes e princesas que têm 17 dragões, equivalentes a armas nucleares", disse Condal. "É como se estivéssemos em Roma em seu auge de poder e glória."

Se os Targaryen não têm como ser desafiados, a única coisa capaz de abalar a família é um conflito interno. E é isso que acontece quando o rei Viserys I (Paddy Considine) escolhe sua filha mais velha, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D'Arcy na fase adulta), para assumir o Trono de Ferro após sua morte, preterindo seu irmão Daemon (Matt Smith).

O problema é que nunca uma mulher ocupou a posição - o próprio Viserys foi beneficiado por isso quando o Grande Conselho de Harrenhal preferiu que ele fosse o rei em vez de Rhaenys (Eve Best). A briga vai desencadear a guerra civil conhecida como Dança dos Dragões, narrada pelo autor George R.R. Martin em Fogo & Sangue.

DEFENSOR

Martin, aliás, era o principal defensor de que uma história dos Targaryen fosse o primeiro spin-off. Ele participa mais ativamente de A Casa do Dragão e apoiou a escolha de Condal, um fã de sua obra, para escrever a nova série. Mas havia diversas narrativas possíveis da família domadora de dragões.

A razão para contar esta é simples. "Ela tem a proximidade mais imediata com Game of Thrones porque o declínio da dinastia Targaryen demora décadas para acontecer, mas começa aqui", disse Condal.

A Casa do Dragão é uma opção mais segura de spin-off, portanto. Faz sentido: Game of Thrones, ainda hoje, é a quinta série mais popular nos Estados Unidos. Tanto que a HBO está desenvolvendo uma continuação da história de Jon Snow, com a participação do ator Kit Harington, que fez o personagem em GoT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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