"O Último Trem", de Fabrício Bertoni, de Colatina, é um dos integrantes do projeto Curta Vitória a Minas. Crédito: Divulgação/Curta Vitoria a Minas
As gravações dos projetos da segunda edição do Curta Vitória a Minas continuam. Nos próximos dias, mais cinco títulos entram em processo de captação de imagens. No Espírito Santo, serão gravados "Um Ponto Rotineiro", de Baixo Guandu, "T-Rex e a Pedra Lascada", de João Neiva, e "Colatina, A Princesa do Rock", de Colatina.
Do lado de Minas Gerais, também começam as produções de "Mães do Vale: Um olhar sobre a Maternidade", de Coronel Fabriciano, e "Lia, Entre o Rio e a Ferrovia", de Aimorés.
Desde janeiro deste ano já foram gravados os filmes "Dezinha e Sua Saga", da auxiliar de serviços gerais Luciene Crepalde, de Nova Era (MG); "Reciclando Vidas e Sonhos", da coletora de materiais recicláveis, Ana Paula Imberti, de Ibiraçu (ES); "O Último Trem", do vendedor Fabrício Bertoni, de Colatina (ES); "Santa Cruz", da artista visual Rita Bordone, de Ipatinga (MG); e "O Tempo era 1972", do aposentado Ademir de Sena Moreira, de Naque (MG).
De acordo com Beatriz Lindenberg, coordenadora do Instituto Marlin Azul, que desenvolve a iniciativa, o impacto que o projeto causa nas comunidades vai muito além do autor ou autora da história selecionada.
"A pré-produção e a produção dos filmes mobilizam familiares, vizinhos, artistas e moradores, criando uma rede de apoio, colaboração e criação em torno de um objetivo comum, o filme. A comunidade coloca a mão na massa para planejar, produzir e organizar o set de gravações, a etapa mais esperada. Nas filmagens, uma equipe profissional se junta à equipe local para realizar, durante três dias, os sonhos dos moradores que desejaram viver a experiência em frente ou atrás das câmeras", aponta a produtora cultural.
"Os filmes capixabas (gravados nesta fase do projeto) são um conjunto diversificado de histórias, desde a força e a luta associativista de mulheres coletoras de materiais recicláveis; o resgate das memórias, raízes e saberes dos povos negros até o pioneirismo de uma cidade do interior ao abrigar a primeira banda de rock do ES", complementa Beatriz.
HISTÓRIAS E SABERES
Uma equipe de profissionais audiovisuais, com o suporte de equipamentos de captação de imagens e som, percorrerá as cinco cidades para transformar o sonho de fazer um filme em realidade.
A primeira obra é "Um Ponto Rotineiro", da estudante Jaslinne Pyetra, que está em gravação até este domingo (5), em Baixo Guandu (ES). A ficção propõe um despertar para a vida que existe dentro de cada um por um mergulho interior e um reencontro consigo mesmo.
Em seguida, o projeto desembarcará em Coronel Fabriciano (MG) para gravar, nos dias 8, 9, 10 e 11 de março, o documentário "Mães do Vale: Um olhar sobre a Maternidade", da contadora Patrícia Alves. O filme resgata histórias de gestantes em situação de vulnerabilidade social e de profissionais de saúde que lutam pelo parto humanizado e contra a violência obstétrica.
"T-Rex e a Pedra Lascada", do biólogo Luã Ériclis, será gravado nos dias 17, 18 e 19 de março, em João Neiva (ES). Elementos vivos como a água, a mata, a magia, os encantados, a imaginação e a aventura se misturam nesta história de fortalecimento das memórias dos povos negros. Tudo isso sendo marcado pelo ritmo dos tambores de congo, das cantigas de roda e das cirandas.
A equipe partirá em seguida para Aimorés (MG), que servirá de cenário para a gravação da ficção "Lia, Entre o Rio e a Ferrovia", da professora e comunicadora Elisângela Bello, nos dias 23, 24 e 25 de março. Inspirada nas lembranças da autora, a obra tem como protagonista Lia, a menina que via tudo, entre o Rio e a Ferrovia, sem deixar de sonhar com o que estivesse para além destes limites.
Nilo Tardin vai dirigir "Colatina, A Princesa do Rock", que retrata a banda Jet Boys. Crédito: Divulgação/Instituto Marlin Azul
O projeto encerrará a etapa de filmagens em Colatina (ES), com a gravação do documentário "Colatina, A Princesa do Rock", do jornalista Nilo Tardin, em 30 e 31 de março e 1º de abril. O título fará uma viagem no tempo para contar como a cidade viveu a revolução de comportamento e costumes após o surgimento do rock and roll e se destacou ao abrigar a primeira banda de rock do Espírito Santo, a Jet Boys.
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