Administrador / [email protected]
Publicado em 1 de maio de 2023 às 07:10
Celebrado na América Latina, Europa Ocidental, Rússia, Índia, China e na maior parte dos países africanos, o Dia do Trabalho é um momento de reflexão, pois personifica uma luta quase diária por melhores condições trabalhistas, incluindo melhorias salarias e diminuição de exaustivas cargas horárias laborais.
No caso do Brasil, por exemplo, a efeméride foi muito utilizada como propaganda governamental durante o Estado Novo, nas décadas de 1930 e 1940, e ganhou "músculo" com a força dos sindicados nos anos 1970 e 1980.
Ainda vasculhando a história, descobrimos que o 1º de Maio nasceu bem antes, fruto da luta de movimentos sindicais que atuavam em Chicago/EUA no final do século 19. As ações surgiram como consequência da precarização do trabalho após a Revolução Industrial.
Em um sábado, 1º de maio de 1886, profissionais foram às ruas pedir a redução da carga horária (que chegava a 12 horas por dia) e melhorias salarias. A ação "viralizou" e começou a ser repetida em várias partes do mundo. Curiosamente, o Dia do Trabalho nos Estados Unidos não é celebrado em maio, mas sim na primeira semana de setembro.
Aproveitando a data e o feriadão desta segunda (1), "HZ" fez uma lista de 10 filmes que mostram a maneira com que o cinema vê o mercado de trabalho e a rotina do trabalhador. Entre comédia, drama e documentário, são registros que merecem ser conferidos.
Norma Rae (1979)
Focando na luta por direitos trabalhistas, "Norma Rae" (1979), de Martin Ritt, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz a Sally Field, une a força das mulheres do mercado de trabalho com a busca de melhorias laborais. Na trama, Field dá vida a uma jovem mãe solteira e trabalhadora têxtil que concorda em ajudar a sindicalizar sua fábrica, apesar dos problemas e perigos envolvidos. A melhor personificação de sindicalismo e luta contra a exploração do trabalhador já apresentada por Hollywood. Disponível em DVD no Brasil.
A Dama de Ferro (2011)
Filme que deu o terceiro Oscar a Meryl Streep por sua dura caracterização da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher. Margaret era popularmente conhecida como "Dama de Ferro" por seu ponto de vista ultraconservador e por diminuir direitos trabalhistas e sociais da população do Reino Unido, especialmente dos menos favorecidos socialmente. Disponível em DVD e no Apple TV +.
Tempos Modernos (1936)
Talvez este seja o primeiro filme que vem à mente quando o assunto é cinema mostrando a rotina do trabalhador. Charles Chaplin - também atacando de diretor - é funcionário de uma fábrica, na qual tem um colapso nervoso por trabalhar de forma exaustiva. Ele é internado e, quando retorna, vê a fábrica fechada, precisando se virar para arrumar outro emprego. Mesmo quase centenário, o filme se caracteriza bem atual, mostrando lutas de classes, greves operárias e insalubres condições laborais. Pode ser conferido no Looke e Pluto TV, este último gratuitamente.
Mentes Perigosas (1995)
Produção que traz uma das atuações mais populares da carreira de Michele Pfeiffer, "Mentes Perigosas" destaca a luta de uma professora em uma comunidade de vulnerabilidade social e todo o seu trabalho transformador na vida de adolescentes fadados ao fracasso profissional e ao abandono. No Star +
O Operário (2004)
A brilhante atuação de Christian Bale embala uma produção assustadora, que ressalta os malefícios que as grandes cargas horárias laborais podem causar às nossas saúdes físicas e mentais. Trevor (Bale), um torneiro mecânico insone, passa por situações incomuns no trabalho. Um homem estranho o segue por toda parte, mas ninguém mais parece notá-lo. Até que um crime é cometido. Contar mais seria dar spoiler. Pode ser conferido gratuitamente no Pluto TV.
O Diabo Veste Prada (2006)
Claro que os abusos psicológicos e assédios morais e trabalhistas de Miranda (Meryl Streep) contra Andy (Anne Hathaway) não poderiam faltar em nossa lista. O filme também faz um relato sobre a rotina do jornalista e das redações. Disponível no Star +
ABC da Greve (1990)
Clássico documentário do mestre Leon Hirszman que retrata a primeira greve brasileira fora das fábricas do Brasil, cobrindo os acontecimentos na região do ABC paulista em 1979. À frente das manifestações estava o então jovem Luiz Inácio Lula da Silva, hoje presidente do Brasil em seu terceiro mandato. A "aula" de cinema proposta por Hirszman está em cartaz no Looke
Eles Não Usam Black-Tie (1981)
Lutas operárias, ditadura militar e crises familiares se misturam nessa obra-prima do cinema nacional, também dirigida por Leon Hirszman e vencedora do Prêmio Especial do Júri do Festival de Veneza. Em São Paulo, em 1980, um operário (Carlos Alberto Riccelli) e sua namorada Maria decidem casar-se ao saber que a moça está grávida. Ao mesmo tempo, eclode um movimento grevista que divide a categoria metalúrgica. Temendo perder o emprego, ele fura a greve, entrando em conflito com pai (Gianfrancesco Guarnieri), um militante que passou três anos na cadeia durante o regime militar. Disponível na Globoplay e Looke.
Monstros S. A. (2001)
Um dos melhores e mais fofos filmes produzidos pela Pixar também mostra a rotina de dois trabalhadores, no caso James Sullivan e Mike Wazowski, monstros que atua em uma fábrica onde a energia é gerada por meio do susto e do medo das crianças. Quando uma menina acidentalmente entra em seu mundo, James e Mike mudam seu pensamento em relação aos pequenos. Pode ser conferido no Disney +.
Um Senhor Estagiário (2015)
Com "açúcar e afeto", a diretora Nancy Meyers nos mostra uma tocante história que revela a possibilidade de conseguir uma carreira na terceira idade. Viúvo de 70 anos, Ben (Robert De Niro) descobriu que a aposentadoria não é tudo o que parece. Aproveitando a oportunidade para voltar ao mercado, se torna estagiário sênior em um site de moda, fundado e dirigido por Jules (Anne Hathaway). Os ensinamentos do veterano mudarão a vida da executiva. Para ser assistido no Amazon Prime e alugado na Apple TV +.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta