Echo, nova série da Marvel, aposta na ancestralidade como foco da história

Vitória
Publicado em 14/01/2024 às 13h00

A nova série que expande o universo cinematográfico da Marvel, Echo, está disponível tanto no Disney+ quanto no Star+. Com apenas cinco episódios (todos disponíveis), a produção é uma boa opção para "maratonar" no final de semana.

O spin-off da série do Gavião Arqueiro, Echo inaugura o selo Spotlight. A ideia da nova divisão da Marvel é focar em histórias pequenas sem estar conectada a uma cronologia maior. É bem provável que a nova série do Demolidor também seja uma produção desse novo selo.

Marvel Spotlight

Marvel Spotlight. Crédito: Marvel/Disney

Quando comparamos Echo com outras produções da Marvel, ela é bem simples visualmente. Nada dos exageros presentes em outros do MCU. O mais engraçado é que, para uma série de super-heróis, ela não tem cara de super-herói (para o alívio de quem não gosta de gente fantasiada).

Avaliando de forma bem franca, Echo é um série "okay", não inventa a roda, mas também não faz ela quadrada. Na verdade, meio que tem umas repetições no roteiro, uns ecos (desculpa o trocadilho) com outras séries da Marvel.

Fica gritante a semelhança com situações que acontecem em She-Hulk, como a presença do Demolidor e o churrasco no final da série (aparentemente, na Marvel, tudo tem terminado em churrasco).

A grande sacada da série (e único motivo de ela não se tornar mais um clichê) é o tema da ancestralidade. A busca por conhecer a si e ao conhecer e reconhecer seus antepassados como elemento formador do sujeito, o que também acrescenta um novo sentido ao título da série (falar mais do que isso seria um spoiler). O "superpoder" da personagem é exatamente isso, sua ancestralidade.

Cena da Série

Cena da Série "Echo", Disney Plus. Crédito: Marvel/Disney (divulgação)

A personagem principal, Maya Lopez, vivida pela atriz nativo norte-americana Aquala Cox, é um mix de representatividade. Um projeto que a Marvel tem levado bem a sério em suas últimas produções (lembre da Kahori em “What if…?”).

Maya, assim como a atriz, é surda e tem uma das pernas amputada. Todas essas características peculiares para um super-herói (que no geral são a exaltação da forma física perfeita) dão um peso dramático maior à personagem.

Essas particularidades influenciam até mesmo na edição dos episódios, com diversos momentos de silêncio total em situações de tensão. O que coloca o espectador na pele da personagem.

Aquala Cox como Maya Lopez

Aquala Cox como Maya Lopez em Echo. Crédito: Marvel/Disney (divulgação)

Outro destaque é a interpretação poderosa de Vincent D'Onofrio. Desde da série do Demolidor, da Netflix, o ator tem entregado um Wilson Fisk, o Rei do Crime, que vai do dócil e gentil ao destrutivo e ameaçador em poucos segundos. Sua presença em cena, mesmo que em silêncio, é intimidadora, como personagem deve ser.

Vincent D'Onofrio como Wilson Fisk, o Rei do Crime

Vincent D'Onofrio como Wilson Fisk, o Rei do Crime. Crédito: Marvel/ Disney (divulgação)

A atração também trata de forma respeitosa o povo Choctaw e sua tradição. Com participação direta de representantes desse grupo na construção da personagem. Repetindo a fórmula usada em “What If…?”.

Echo é interessante mais pela construção de sua personagem principal do que pelo seu enredo. Isso não tira o mérito de ela ser uma das coisas mais consistentes que a Marvel lançou nos últimos dois anos. Porém, não há nada que a torne um novo marco nas produções do MCU. Caso esteja procurando uma série curta para assistir durante uma refeição, é uma boa escolha.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Marvel Série Disney + Streaming Echo
Viu algum erro?

Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível