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Festival Varilux traz novidades do cinema francês para Vitória em junho

Evento, que acontece entre 21 deste mês a 6 de julho, conta com exibições de filmes e séries do país europeu. Na capital capixaba, a mostra está confirmada para os cines Jardins e Metrópolis (Ufes)

Publicado em 2 de junho de 2022 às 07:00

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Cena de "O Acontecimento", um dos destaques do Festival Varilux Crédito: Zeta Filmes
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Festival Varilux traz novidades do cinema francês para Vitória em junho

Maior evento destinado ao audiovisual francês do Brasil, o Festival Varilux acontece de 21 de junho a 6 de julho, em várias cidades de todas as regiões do país. Em Vitória, o evento está garantido nos cines Jardins e Metrópolis (Ufes). Outros espaços, e cidades, podem ser confirmados futuramente. 

Em sua 13ª edição, o encontro exibirá 17 longas-metragens inéditos e recentes, um clássico da cinematografia francesa - "Papai Noel é um Picareta" (1982), de Jean-Marie Poiré - e um filme em homenagem aos 400 anos do dramaturgo Molière, "As Aventuras de Molière" (2007), de Laurent Tirard, sucesso quando exibido no circuito comercial por aqui.

Pela primeira vez, o Varilux promove a exibição de alguns capítulos de séries francesas, feitas tanto para a TV como para o streaming, como "Cheyenne et Lola", de Eshref Reybrouck, e "Les Sentinelles", de Jean-Philippe Amar.  Inicialmente, a projeção desses formatos está confirmada apenas nos cinemas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Biscoito fino da mostra, a seleção de longas-metragens chama a atenção pela qualidade. Há um título imperdível, "O Acontecimento", de Audrey Diwan, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza 2021. Em pauta, com requinte narrativo que impressiona, uma França de 1963, quando o aborto ainda era ilegal no país.

Na obra, acompanhamos os dilemas de uma estudante (interpretada por Anamaria Vartolomei, em boa atuação) e seu calvário na tentativa de interromper uma gravidez indesejada, mesmo correndo o risco de ser presa. O drama de Audrey Diwan ganhou discussões acaloradas na França, chamando a atenção de pessoas contrárias e a favor ao aborto.

Também vale a pena conferir "Peter Von Kant", novo projeto do cultuado François Ozon ("Sob a Areia"), baseado em um roteiro do mestre Rainer Werner Fassbinder.

O longa subverte a história original ao apresentar uma sátira ao ego de cineastas e celebridades. Exibido no último Festival de Berlim, realizado em fevereiro, a produção - uma adaptação livre do clássico de 1972, "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" - dividiu opiniões.

Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes 2021, "Um Herói", do cineasta iraniano Asghar Farhadi, também não deve passar em branco. Na (densa) trama, a vida de um calígrafo, preso por conta de uma dívida que não conseguiu pagar, que vê sua trajetória mudar após praticar uma boa ação.

VEJA OS TÍTULOS CONFIRMADOS PARA O FESTIVAL VARILUX 2022

  • FILMES INÉDITOS:

  • “Contratempos”, de Éric Gravel 
  • “Entre Rosas”, de Pierre Pinaud 
  • “Esperando Bojangles”, de Régis Roinsard 
  • “Golias”, de Frédéric Tellier 
  • “King, Meu Melhor Amigo”, de David Moreau 
  • “Kompromat”, de Jérôme Salle
  • “O Acontecimento”, de Audrey Diwan 
  • “O Destino de Haffman”, de Fred Cavayé 
  • “O Mundo de Ontem”, de Diastème 
  • “O Próximo Passo”, de Cédric Klapisch
  • “O Segredo de Madeleine Collins”, de Antoine Barraud 
  • “Os Jovens Amantes”, de Carine Tardieu
  • “Peter Von Kant”, de François Ozon
  • “Querida Léa”, de Jérôme Bonnel 
  • “Sentinela do Sul”, de Mathieu Gérault 
  • “Um Herói”, de Ashgar Farhadi
  • “Um Pequeno Grande Plano”, de Louis Garrel

  • HOMENAGEM AOS 400 ANOS DE MOLIÈRE:
  • “As Aventuras de Molière”, de Laurent Tirard e Ariane Mnouchkine

  • CLÁSSICO DO CINEMA FRANCÊS:
  • “Papai Noel é um Picareta”, de Jean-Marie Poiré

  • SÉRIES FRANCESAS:
  • “As Sentinelas”, de Jean-Philippe Amar
  • “Cheyenne & Lola”, de Eshref Reybrouck
  • “A Corda”, de Dominique Rocher
  • “O Que Pauline Não Diz”, de Rodolphe Tissot
  • “Ópera”, de Cécile Ducrocq e Benjamin Adam
  • “Síndrome E”, de Mathieu Missoffe
  • “Jogos de Poder”, de Jean-Xavier de Lestrade e Antoine Lacomblez

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