- Jânio Nazareth
- É jornalista, direto de Los Angeles (Twitter @janionazareth)
Com a chegada aos cinemas do terceiro filme na franquia "King's Man", com o subtítulo de "A Origem", os produtores já têm planejado o próximo passo, a criação de uma série para a TV ou para as plataformas de streaming. É o que conta a "HZ" o diretor, roteirista e coprodutor, Matthew Vaughn. Anteriormente, o público pode conferir dois sucessos da franquia: "King's Man, Serviço Secreto", de 2015, e "King's Man, O Círculo Dourado", de 2017, ambos também bem recebidos pela crítica.
"O próximo (projeto) que espero fazer é 'King’s Man 3', o que conclui a história do Eggsy e do Harry e aí vamos nos dedicar ao 'King’s Man 2', que talvez possamos chamar de 'King’s Man'. Isto levaria os personagens desde o período em que a agência King’s Man foi fundada, passando por décadas da história real da espionagem, contada através dos olhos dos personagens do 'King’s Man'", adianta o realizador.
"O público vai se surpreender. O filme é épico, divertido e você vai aprender bastante sobre a história"
"Depois que a história do Eggsy e Harry estiver concluída, chegamos ao 'King's Man 4', o que o público provavelmente não conseguiria imaginar até que eles tenham visto 'King's Man 3'. Se tudo ocorrer bem, pensamos em fazer uma versão para TV ou streaming, no estilo do 'Loki'", afirma, se referindo à série criada para a plataforma Disney + , que dá continuidade aos eventos de "Vingadores, Ultimato".
Cena do filme "King’s Man, A Origem", em cartaz nos cinemas. Crédito: 20th Centry Studios/Disney
Uma preocupação do cineasta foi dar um tom realista às cenas. "Tínhamos uma história, se você for honesto com ela, tudo vai se encaixar. Então, as cenas de ação foram baseadas na realidade dos personagens que estávamos mostrando. O Rasputim (Rhys Ifans), por exemplo, me deu a liberdade para ser um pouco louco, mas baseamos tudo em fatos. Da mesma maneira, quando o Conrad (Harris Dickinson) vai para a guerra, tive que respeitar toda a história da Primeira Guerra Mundial, assim, tudo ficou mais real e filmamos as trincheiras como as trincheiras eram", defende.
"Para o terceiro ato, olhamos para o que poderia acontecer, como fazer uma cena de ação com um bimotor, a montanha e as lutas de espada. Achei uma espada num museu que tinha um revólver embutido. Pegamos todas estas coisas históricas e pensamos como poderíamos reinventar uma luta. Poderíamos colocar câmeras nas lâminas ou não reinventar e voltar aos filmes do Errol Flyn. O equilíbrio trouxe verdade à história e a criação de cenas de ação. Não podemos mudar os fatos, mas podemos encontrar áreas cinzentas, onde explicamos o que aconteceu e incluímos um pouco do charme e do estilo do King’s Man naqueles cenários", explica Matthew Vaughn.
HOMENAGEM
O clássico épico "Lawrence da Arábia" foi a inspiração do cineasta Matthew Vaughn para criar o novo filme. "Criamos aquele visual épico dos filmes antigos. Procuramos respeitar como aqueles longas eram feitos e pensamos em manter aquela linguagem o maior tempo possível. Só no final começamos a seguir o estilo que usamos na franquia 'King's Man'".
O diretor explica que escolher grandes nomes para o elenco não é garantia de sucesso. "O meu trabalho principal como diretor é a escolha adequada do elenco. Quando você seleciona a pessoa certa para um papel, o filme funciona. Quero dizer, têm projetos que você seleciona um astro, mas ele não é a escolha certa para o personagem. Não importa que seja um grande astro, não funciona. Para esse projeto, pensei quais nomes certos para interpretar King's Man, que poderia contracenar com Colin Firth? Quando escrevemos o roteiro, tivemos apenas dois nomes na cabeça: David Niven, por razões óbvias não podia ser ele (o ator faleceu em 1983), e Ralph Fiennes. O Ralph aceitou e fez um trabalho estupendo. Para o Rasputin, sabia que o Rhys (Ifans) era o 'cara'. Sabia que ele traria energia. E foi assim com todo o elenco", complementa o cineasta.
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