Morre uma das divas do cinema italiano, Gina Lollobrigida, aos 95 anos

Atriz foi recentemente internada em uma clínica de Roma, após sofrer uma fratura no fêmur

Publicado em 16/01/2023 às 14h03
Cena do filme

Cena do filme "O Diabo Rio Por Último", com Gina Lollobrigida e Humphrey Borgat. Crédito: United Artists

A atriz italiana Gina Lollobrigida, uma das grandes estrelas da história do cinema, morreu nesta segunda-feira, aos 95 anos, em sua casa. "A Bersagliera (personagem que interpretou no filme 'Pão, Amor e Fantasia') nos deixou. É com profunda tristeza que seu filho Milko Jr. e seu neto Dimitri fazem o triste anúncio. Neste momento de grande dor, a família pede o maior respeito da mídia", diz uma nota da família publicada pela mídia italiana.

Lollobrigida, uma das musas indiscutíveis da cinematografia italiana, havia sido internada recentemente em uma clínica em Roma após sofrer uma fratura no fêmur em setembro passado.

Um século já seria suficiente, especialmente para Gina Lollobrigida. A mítica atriz italiana, que faleceu nesta segunda-feira, 16, aos 95 anos, teve uma vida de cinema, recheada de joias e glamour, mas que culminou numa farsa sentimental que maculou os seus últimos dias.

Lollobrigida é uma musa indiscutível do grande panteão da cinematografia italiana, coroada como um ícone da beleza mediterrânea e ainda assim profundamente marcada ao longo de sua vida por amor, desgosto e, claro, processos judiciais.

TRAJETÓRIA

Luigina Lollobrigida nasceu em Subiaco, em 4 de julho de 1927, filha de uma família rica que perdeu seus bens na Segunda Guerra Mundial. Em 1947, aos 20 anos, mudou-se para a vizinha Roma, onde começou a estudar Belas Artes.

Como explica em sua biografia, ela era a "privilegiada" em uma família de "refugiados" que vivia em um quarto duro e comia "o pouco que conseguia coletar".

Seus primeiros sucessos vieram sob as ordens de Luigi Zampa, com fitas como "A Volta da Perdida" (1949). Em 1952, estrelou ao lado do divo francês Gérard Philipe, em "Fanfán La Tulipe", do diretor francês Christian-Jaque, filme premiado em Cannes e Berlim, o que lhe deu grande visibilidade no continente.

Era o início de uma carreira em que, com seu olhar profundo e busto exuberante, interpretou mais de 60 filmes, além de muitas outras peças ou papéis em séries de televisão.

Todos os diretores da década de 1950 a amaram, mas foi Luigi Comencini quem a impulsionou ao seu maior esplendor em "Pão, Amor e Fantasia" (1953), com o qual ganhou seu primeiro prêmio, o Nastro d’Argento, graças para um papel lembrado com Vittorio de Sica.

Nessa época trabalhou em grandes produções internacionais, como "O Diabo Riu por Último" (1953), com Humphrey Bogart; "Trapézio" (1956), com Tony Curtis, ou "O Corcunda de Notre-Dame" (1956), junto com o corcunda Anthony Quinn.

Talvez uma de suas obras mais emblemáticas seja a produção com o agourento título "A Mais Bela Mulher do Mundo" (1956), junto com Vittorio Gassman, na qual chegou a cantar fragmentos da Tosca, de Giacomo Puccini.

Consagrada como um dos grandes ícones da "italianidade", Lollobrigida foi se distanciando gradativamente do mundo do cinema, no qual conquistou inúmeros prêmios, com exceção do Oscar.

Este vídeo pode te interessar

A Gazeta integra o

Saiba mais
Cinema Famosos Hollywood
Viu algum erro?

Se você notou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, clique no botão e nos avise, para que possamos corrigi-la o mais rápido o possível