Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 16:14
Em todo início de ano, traçamos metas para os próximos 365 dias, e entre as mais listadas estão: alimentar-se melhor e manter a casa organizada.
Mas conciliar as tarefas domésticas e as do trabalho pode ser um desafio para muitos brasileiros, que encontram no preparo prévio e no congelamento de refeições uma saída para evitar delivery, economizar e manter uma alimentação mais saudável.
Na hora de congelar, vem a dúvida: quais alimentos podem ou não ser preservados no freezer?
O tradicional feijão cozido já está no congelador de muita gente, mas será que o mesmo pode ser feito com arroz, com vegetais ou com preparações à base de creme de leite?
Esses alimentos podem ser congelados? E o descongelamento, é feito normalmente? Essa e outras perguntas serão respondidas a seguir pela chef Marina Linberger, à frente do projeto Cozinha de Gente Moderna, que conta com um canal no YouTube e no Instagram (@cozinhadegentemoderna).
Segundo a especialista, que já trabalhou em grandes multinacionais como BRF e Unilever, o primeiro tabu que deve ser quebrado quando se fala em comida congelada é sobre a qualidade.
Marina explica que é possível sim preservar a textura e o sabor dos alimentos que vão ao freezer sem perder a suculência da refeição. Porém, a comida congelada também tem prazo.
“Não é porque um alimento está congelado que sua validade vai ser eterna. As bactérias e os microrganismos presentes nele não morrem, só adormecem com a temperatura. Então a sua proliferação é bastante desacelerada, mas chega uma hora em que a comida vai vencer”, explica a chef.
Existem algumas dicas importantes a serem lembradas antes de congelar alimentos, porque, afinal, não é toda comida que aguenta o processo de congelamento. Marina explica o que pode e o que não pode ser congelado, de acordo com um método desenvolvido por ela. Confira a seguir.
Alimentos com muita gordura geralmente não têm um bom congelamento. Um exemplo é o creme de leite, que tem gordura e água na composição - duas substâncias que não se misturam a não ser quando estão em uma emulsão.
“Quando se congela alimentos desse tipo, a água vira cristais de gelo, e no descongelamento essa água derrete, soltando a gordura. Isso traz um aspecto talhado”, explica.
Portanto, a chef diz que, se você deseja congelar receitas que contêm creme de leite, um estrogonofe por exemplo, a dica é congelar apenas a base (a carne com os cogumelos e o caldo). Depois de descongelar essa base, na hora de aquecer e quando levantar borbulhas, acrescente o creme de leite.
Outro grupo a evitar é o de alimentos com muita água, como tomate, abobrinha, saladas no geral e queijos brancos. Tais alimentos não suportam o congelamento, pois assim que descongelam, sua água derrete e retira toda a textura do alimento.
O tomate só pode ser congelado com uma condição: se estiver em forma de molho. A couve também é uma exceção: ela pode ser congelada já lavada, cortadinha e crua. Mas na hora de preparar, ela deve ir direto do freezer para a panela e ser refogada bem rapidamente.
Segundo a chef, os grãos cozidos de arroz podem ser armazenados no freezer sem perder seu sabor e consistência por até três meses. Mas, atenção: o arroz que sobra não pode ser congelado, pois já foi mexido. O ideal é já prepará-lo com o intuito de congelar.
Para congelar arroz, o ideal é preparar a receita em porções grandes. Assim que o arroz terminar seu processo de cocção, ao sair todo o seu vapor, congele-o imediatamente. O segredo na hora de descongelar é pingar um pouco d’água nele, para evitar que fique borrachudo ou seco.
Com informações da assessoria de imprensa da chef Marina Linberger.
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