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Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 15:50
A estação oficial do calor e dos drinques à beira-mar chegou chuvosa nesta terça, 21 de dezembro, mas o sol ainda vai brilhar bastante. E para entrar no clima do verão, convidamos você a dar uma refrescada nas ideias de um jeito bem capixaba, inspirando-se em coquetéis cheios de história para contar.
Na Curva da Jurema, em Vitória, uma dupla resolveu empreender nas bebidas com criatividade e sem deixar o regionalismo de lado. André Sopon e Lucas Martins, do Babado Bar, usam elementos da nossa cultura para surpreender nos goles. Um dos drinques combina mexerica e coentro - bem capixaba, não é mesmo?
“Pensamos em uma coloração que remetesse à moqueca capixaba. Então, a mexerica foi a fruta principal. Depois fizemos uma investigação de hortaliças, aí lembramos do coentro, que usamos na culinária de mariscos”, explica Lucas.
E assim foi criado o Madalena, que é servido de um jeitinho muito especial: em uma caneca de barro, revestida com as cores do céu do Espírito Santo. “Gostaria de ter uma intervenção capixaba ali, então lembrei da Jaque, a Jaqueline Gomes, que é uma paneleira de Goiabeiras”, completa.
Foi um desafio, mas a experiente paneleira tirou de letra. “Caneca, Jesus, como é que eu vou fazer isso, meu pai? Aí peguei o barro, abri, com uma dificuldade imensa porque a mão da gente não cabe dentro da canequinha, até conseguir”, relembra Jaque. Quem assina a pintura das canecas é a artista plástica Marise Perin.
O drinque Pássaro de Fogo, feito com catuaba e cachaça, é inspirado em uma lenda capixaba sobre dois indígenas que se apaixonaram, mas, por serem de tribos rivais, não puderam viver esse amor. Ele, Guaraci, e ela, Jaciara, foram transformados em pedra pelo deus Tupã e colocados um de frente para o outro.
E essas pedras, quem são? Os montes Mochuara e Mestre Álvaro. A lenda conta que, no dia 24 de junho, um pássaro de fogo corta o céu do Espírito Santo unindo os indígenas apaixonados. Na receita, o abacaxi é de Marataízes e a cachaça de Alfredo Chaves, e a catuaba é servida à parte. A mistura dos ingredientes é o encontro de Guaraci e Jaciara.
Que tal "beber" a Pedra Azul? Ou a grande estátua do Buda, em Ibiraçu? O Convento da Penha? No bar A Casa Parrilla, em Vila Velha, pontos turísticos do Estado foram parar nas taças, que estão fazendo o maior sucesso. São os chamados coquetéis "instagramáveis", aqueles que antes de brindar é quase impossível não fotografar e postar na rede social.
“Sempre priorizamos ter muita coisa do Espírito Santo, então, nada melhor do que levar, também para os nossos drinques, imagens do nosso Estado, dos principais pontos turísticos”, conta o sócio-proprietário Adalberto Mota.
Os bartenders da casa brincam com as cores. O drinque da Pedra Azul, claro, é azul, e os sabores são super diversos. Tem de morango, de maçã verde, de maracujá... Mas o mais curioso acaba sendo a foto impressa sobre a bebida. “Fazemos com papel de arroz e uma tintura comestível, e o pessoal pode tomar sem medo de ser feliz”, afirma o bartender Lucas Lamas.
*Com informações de Luanna Esteves, do Em Movimento.
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