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Publicado em 23 de outubro de 2021 às 21:33
Quando chega uma porção de fritas à mesa, é praticamente impossível comer uma só, pois a batata quentinha, crocante por fora e macia por dentro, é uma unanimidade gastronômica. Da tradicional a palito à rústica em forma de meia lua, essa gostosura está presente em quase todos os cardápios do Espírito Santo.
Recentemente, uma versão empanada desbancou o hambúrguer para virar protagonista em um delivery na Capital. Em um bistrô da Praia do Canto, as batatinhas conquistaram paladares exigentes, e em uma hamburgueria de Jardim Camburi, tornaram-se uma entrada campeã de vendas. Todas com seus diferenciais, que vão muito além do básico salzinho. Confira abaixo.
EMPANADAS E IRRESISTÍVEIS
A história por trás das fritas do Adolf Brimmer Seasoned Fries, especializado em delivery, é quase tão rica quanto o tempero das batatinhas da casa (e elas são diferentes de todas as que já comemos por aqui). Esse outro patamar de batata segue um estilo popularizado pela rede de fast-food americana Checkers and Rally's, incorporado à receita do chef Marcos Parmagnani. "Elas são empanadas, e para temperar uso páprica, lemon pepper e ervas. Não são picantes como as que comi nos EUA, pois adaptei ao gosto do capixaba", revela o chef, que ao criar a marca, no auge da pandemia, faria das batatas sua única especialidade. "Tive que incluir hambúrguer no menu, porque seria arriscado abrir um delivery só de batata frita, mas elas logo deixaram de ser coadjuvantes". Marcus conta ainda que o nome Brimmer refere-se a um imigrante irlandês que fez fortuna em Nova York com batata frita. "Fiquei sabendo dele por acaso, ao ler curiosidades na parede de um restaurante do Brooklyn", lembra. Pelo app Americanas Delivery, a porção pequena sai a R$ 17 (170g) e a grande custa R$ 26 (250g). Pedidos para retirada: (27) 99253-0070. FOTO: Ciro Trigo
TEMPERINHO AMERICANO
No tempero das batatinhas do Bendito Bistrô, o arremate fica por conta de um mix de pápricas húngaras. Cortadas em palito e fritas duplamente com casca, as batatas são servidas como entrada, a R$ 25, ou como acompanhamento em alguns pratos - um deles é a versão da casa para um ícone da gastronomia belga, moules-frites: Mexilhões de Santa Catarina com Molho da Chef e Fritas Temperadas (R$ 55, individual). "Aprendi essa batata frita nos EUA, onde morei por 12 anos, e fui adaptando até chegar na receita, que tá bem famosa", explica a chef da casa, Mônica Pimentel. Rua Joaquim Lírio, 8, Praia do Canto, Vitória. (27) 3024-0022. FOTO: Fernando Madeira
TURBINADAS AO ESTILO FRANCÊS
No restaurante Urbanos, o chef Vinicius Dias seguiu o estilo de tempero de um clássico francês, a batata provençal, para turbinar suas fritas rústicas. Além da saborosa combinação de alho, azeite e salsinha, as Garlic Parmesan Fries ganharam, como o nome sugere, uma dose de parmesão. "Das três opções de fritas, hoje é a que mais sai. Usamos batata inglesa cortada grossa em meia lua e com casca, cozida em água e sal e frita duas vezes. Para suavizar o sabor do alho, escaldamos com azeite morno", entrega Vinicius. A entrada serve duas pessoas e custa R$ 24,90. Rua Carlos Martins, 970, Jardim Camburi, Vitória. (27) 2142-3384. FOTO: Urbanos/Divulgação
Onde foram inventadas as batatas fritas?
Embora as batatas fritas sejam chamadas pelos americanos de french fries (“batatas francesas”, em inglês), os belgas reivindicam sua autoria, alegando ter criado a iguaria no fim do século 17. Aconteceu mais ou menos assim: o rio Mosa, que percorre o sul da Bélgica, congelou, inviabilizando a pesca. Para driblar a fome, os nativos cortaram batatas em palitos e fritaram como se fossem manjubinhas. Na França, o primeiro registro sobre batatas fritas só surge em 1755, no livro Les Soupers de la Cour (“As Ceias da Corte”), de Menon. A obra trazia receitas de pommes frites (“batatas fritas”, em francês), que saíram dos livros de alta cozinha para virar comida de rua popular em Paris, após a Revolução de 1789.
A fama da gastronomia francesa teria sido a grande embaixadora das fritas pelo mundo. Existem registros da expressão french fries desde 1856. Depois disso, soldados americanos que passaram pela Bélgica na 1ª Guerra Mundial trocaram as bolas, chamando as fritas belgas de “francesas” (uma das línguas oficiais da Bélgica), reforçando ainda mais esse mito.
França x Bélgica
Fonte: Superinteressante.
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