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Publicado em 14 de julho de 2023 às 13:58
O queijo é um alimento que o capixaba sabe muito bem apreciar e produzir. Não à toa, a qualidade do produto feito aqui deu origem a uma rota turística em João Neiva e agora traz reconhecimento nacional no concurso do 6º Prêmio Queijo Brasil.
Realizado entre os dias 7 e 9 de julho em Santa Catarina, o evento concedeu três medalhas de ouro, oito de prata e sete bronze a queijos fabricados de Norte a Sul do Espírito Santo.
As queijarias capixabas premiadas são Santa Rita, de Alegre; Artelatte e Carnielli, de Venda Nova do Imigrante; Pingo de Ouro, de Domingos Martins; e Vila Veneto e Giacomin, de João Neiva.
Entre os produtos reconhecidos, estão queijos finos, de massa cozida ou mole e até com casca mofada.
Um dos produtores medalhistas é Roberto Cuzini, para quem o prêmio trará um novo olhar à região de João Neiva, onde fica sua queijaria, a Vila Veneto. Roberto levou para lá uma medalha de ouro pelo queijo do tipo Asiago e uma de bronze pelo Original Otello.
"Estamos muito felizes em saber que estamos com produtos de alta qualidade, tecnicamente falando. Isso posiciona a nossa marca, posiciona o nosso queijo artesanal capixaba para o Brasil. Uma região historicamente pouco conhecida igual à nossa, nesse segmento do queijo artesanal, começa a despontar e isso é muito importante porque, além de valorizar a produção rural, também valoriza a região", destaca.
O 6º Prêmio Queijo Brasil foi realizado em Blumenau (SC) e tem como objetivo divulgar a diversidade de queijos artesanais produzidos no país, além de fortalecer a relação entre produtores, queijistas, transportadores, consumidores e demais agentes que integram a cadeia produtiva do queijo.
Na edição deste ano, 1.045 queijos foram inscritos e 606 receberam medalhas, sendo 127 de ouro, 253 de prata e 226 de bronze. Em 2014, quando foi criado, o prêmio recebeu apenas 136 inscrições.
"O Prêmio Queijo Brasil é a festa de maior evidência do queijo nacional. É onde os produtores têm seus produtos avaliados seriamente e onde se reúnem entidades de apoio, entidades governamentais e regulatórias para debater e discutir assuntos pertinentes à produção de queijo. Avançamos um pouquinho e colocamos o queijo em evidência", explica Tiago Pascoal, um dos jurados do evento.
No Prêmio Queijo Brasil, não há a definição do melhor queijo produzido no país, mas o reconhecimento da qualidade dos produtos feitos no território nacional.
A premiação se dedica a valorizar o produtor artesanal e a estimular a melhoria da qualidade dos produtos, classificando-os a partir da distribuição de medalhas de ouro, prata e bronze. Por isso, tantos queijos levam medalhas para casa.
Para chegar até a entrega do certificado da medalha, os produtores precisam submeter seus produtos à avaliação de um time de 70 jurados, que inclui queijistas, técnicos de laticínios, profissionais da área de alimentos e outros agentes ligados à área.
Para participar da premiação, os produtores inscrevem seus queijos pré-selecionados em algumas das quatro categorias disponíveis: Queijo Artesanal Tradicional, Queijo Artesanal de Leite Cru, Queijo Artesanal de Leite Pasteurizado ou Queijo Fino.
Em seguida, os queijos recebem uma pontuação de acordo com os critérios aparência, aromas, textura em boca, sabor e equivalência ao estilo.
Com o total, que chega a no máximo 100 pontos, os produtos são classificados de acordo com a nota de corte de cada medalha.
Queijos que recebem entre 68 e 78 pontos ganham a medalha de bronze. Os que conseguem de 79 a 89 pontos conquistam a de prata, e os que recebem entre 90 e 100 pontos levam a medalha de ouro.
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