Há quem diga que a cama é uma máquina do tempo que nos leva do jantar ao café da manhã. Mas é sabido que a máquina do tempo mais eficaz é mesmo a mesa. Mais que isso: a mesa é uma Tardis, acrônimo em inglês que se traduz para Tempo e Dimensão Relativas no Espaço, o transporte que na série de TV "Doctor Who" leva as personagens para todos os rolês no passado, no futuro, no espaço.
O deslocamento espacial da mesa é mais eficaz que vôo, cruzeiro, viagem de trem. Pode se concretizar em café da manhã com pancakes, risoto no almoço, jantar com babaganuche e feijão refrito. Gole de champanhe, saquê, arak, tempranillo. Tiramisù e pavlova de sobremesa. Quem tem limite é município, como mostra a Tardis com inclinação pelos restaurantes a quilo.
O deslocamento espacial da mesa pode se concretizar em café da manhã com pancakes. Crédito: Shutterstock
Ir e voltar no tempo também é tarefa fácil. As idas ao passado estão ali na dobradinha de mãe, bolo de morango como fazia a mãe da coleguinha da escola, sopa de feijão com macarrão do vô. Pode passar pelo hambúrguer pós-balada, na pipoca doce do recreio, na época em que os biscoitos recheados prestavam. E logo já emendar no churrasco vegano e no doce com pistache, Nutella e Leite Ninho, se esse tipo de coisa agrada ao viajante em questão.
Mas não dá pra esquecer um dos maiores recursos dessa Tardis de quatro pernas: o filtro de percepção. A gente nem nota as vezes em que ela está presente, nos levando adiante. E nela, o tempo, essa matéria-prima básica, funciona diferente. Horas passam feito minutos.
Se não existir compromisso pedindo a mudança de cenário, o almoço pode virar lanche e logo já é hora da ceia. E a gente sai do outro lado mais contente, com o tanque cheio de sustança e conexão, sem nem notar que viveu tanta coisa. E sem nem precisar desfazer a mala em seguida.
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