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Publicado em 15 de julho de 2022 às 14:40
Quem acha que, no inverno, não é preciso ter cuidados especiais com a pele está muito enganado. A estação é a mais indicada para os tratamentos de manchas com os ácidos, que na dermatologia tem funções variadas.
"Os mais conhecidos são aqueles utilizados para promover a renovação celular, como o ácido retinóico e o glicólico. Existem também ácidos que inibem a produção da melanina, como o ácido kójico e o azeláico. Já o ácido L-ascórbico, a vitamina C, é conhecido por sua ação antioxidante", conta a dermatologista Giane Giro.
Esses ácidos atuam inibindo diferentes etapas da produção da melanina ou ajudam a eliminar a melanina já formada. "O uso dessas substâncias ajuda no clareamento da pele. Quando combinadas na mesma formulação, possuem efeito sinérgico, potencializando os resultados no tratamento das manchas", explica a médica.
Giane Giro conta que os ácidos que promovem uma renovação celular mais intensa podem deixar a pele mais sensível ao sol. "Por isso, o período do inverno é a época ideal para este tratamento, pois a incidência da radiação ultravioleta é menos intensa e o clima mais ameno, favorecendo o seu uso".
A dermatologista Juliana Drumond conta que os ácidos são importantes para o tratamento das manchas escurecidas, porque promovem uma renovação celular e conseguem regular a queratinização da pele. "E esse próprio efeito direto ajuda no clareamento das manchas. Além disso, eles auxiliam na penetração de outros ativos, como clareadores. É muito comum associar ácidos e clareadores no tratamento das manchas".
A médica conta que um dos efeitos colaterais dos ácidos é que eles deixam a pele mais sensível ao sol, o que chamamos de fotossensibilidade na pele. "Quando se faz uso desses produtos, o ideal é que a pessoa evite exposição solar e use filtro solar adequadamente", conta a dermatologista.
No caso de peles muito sensíveis, ela recomenda o uso em dias alternados. Outra dica da médica é evitar o uso de sabonetes muito adstringentes, que tiram mais a oleosidade, pois a pele pode ficar ressecada demais.
As substâncias também ajudam no controle do melasma, que é uma hiperpigmentação da pele, decorrente da deposição aumentada de melanina, proteína que garante a coloração da pele e evita os danos da radiação ultravioleta no DNA. Giane Giro explica que os ácidos associados aos despigmentantes são a combinação de escolha para o tratamento dessa condição.
"Eles ajudam a reduzir a melanina das manchas e a manter o rosto com um tom mais uniforme. Os ácidos são importantes para o controle do melasma, sempre em conjunto com o protetor solar que inclua proteção contra a luz visível do sol. A proteção solar adequada é o pilar principal no tratamento do melasma".
A dermatologista reforça que a pele do paciente com melasma não pode ficar vermelha e nem descamar com uso dos ácidos em casa. "Qualquer irritação na pele pode piorar as manchas, por isso a escolha dos ácidos deve ser cuidadosa e o dermatologista deve ser sempre comunicado em caso de sensibilidade ao tratamento", finaliza Giane Giro.
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