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Publicado em 9 de outubro de 2022 às 10:00
A modelo Giovanna Pinheiro, de 21 anos, está iniciando sua primeira temporada internacional, na China, onde vai trabalhar com marcas como a gigante Shein. Ela chegou no país no final de setembro e passou os dez primeiros dias em quarentena, na cidade de Xangai, e agora está em Shenzen, onde começará a temporada. A temporada na China vai durar pelo menos seis meses.
Nascida em Rondônia e radicada no Espírito Santo, Giovanna é modelo profissional desde os 17 anos. Ela trabalha com manequins entre os números 42 e 44, na classificação de modelo curves. Além disso, a capixaba é influenciadora digital e utiliza a internet para difundir a causa body positive.
Giovanna iniciou a carreira em São Paulo, onde permaneceu por um ano, sem sucesso, e depois voltou para o Espírito Santo e passou a trabalhar com uma agência capixaba, a Andy Models. Antes de começar a temporada internacional, ela estava novamente em São Paulo, fotografando para marcas como Centauro e Darrow.
A modelo diz que ficou surpresa com a nova fase da carreira. “Quando eu fui pra São Paulo eu levei um soco no estômago, porque ficar um ano num lugar novo, com a expectativa lá em cima, sem fazer nenhum trabalho, é desanimador nível hard. E aí todas as esperanças de carreira internacional já tinham sumido, porque a nacional não tinha dado certo”, conta.
Giovanna comenta que ainda não teve oportunidade de conhecer bem a cidade nem começou a trabalhar com as marcas. Do dia 1º ao dia 7 de outubro, ocorre a “Golden Week” (Semana de Ouro) no país, em celebração do Dia Nacional da China. Como ela estava de quarentena até então, ainda não pôde aproveitar tanto do novo país.
Nos próximos dias, a modelo já deve começar a trabalhar com a Shein e outras marcas chinesas. Ela se diz animada com o retorno das marcas, e já tem quinze dias de agenda fechada. “Eu tô com uma expectativa muito boa, estou superanimada, sentindo que vai rolar, sabe?”.
Segundo Giovanna, a construção dessa temporada internacional passou pela criação de um portfólio no Brasil e também de uma preparação psicológica e espiritual para trabalhar num país com uma cultura completamente diferente. Uma dificuldade grande que ela tem enfrentado é na comunicação. Sua única base era o inglês e na cidade em que passa a temporada não é comum que as pessoas comuns falem o idioma. “É na mímica”, resume.
A modelo comenta brincando que há um estranhamento de muitos chineses com ela por ser uma pessoa não oriental, e diz que um senhor até pediu para tirar uma foto com ela: “Ele olhou pra mim e fez ‘Uou!’, e aí pegou o telefone e ficou apontando, pedindo pra tirar foto. Tá sendo bem engraçado essa rotina das pessoas se assustarem. Eles passam e só faltam quebrar o pescoço de tanto que olham. É muito engraçado”.
Ela também comenta com surpresa sobre a dependência tecnológica que as pessoas têm no país: "Aqui é muito engraçado, porque absolutamente tudo é pelo telefone. Se você não tiver bateria, se você não utilizar telefone, você não faz nada, porque tudo aquilo que a gente vai fazer precisa de um QR code”. “Pra pagar as coisas tem que ser pelo QR Code. É muito raro lugares que aceitam dinheiro. É uma cidade extremamente tecnológica”, resume.
Neste momento, essa informatização, também está ligada à política de controle da Covid-19 que o país mantém desde 2020. Sobre isso, ela conta: “Todo dia eu tenho que fazer um teste de Covid pra obter um novo QR code, pra poder andar pela cidade. Se eu não tiver esse teste de Covid, eu não posso entrar em shopping, no mercado, não posso realmente nem sair do meu prédio, porque pra isso eu tenho que fazer o teste de Covid”.
Sobre os objetivos para depois que a temporada na China acabar, Giovanna revela o plano de continuar com a carreira internacional: “Dependendo do que acontecer na China, ou ficar aqui ou ir pra Londres, Paris, Nova Iorque, conhecer outros lugares. Criar meu nome, construir um nome em outros lugares, em outros países”.
Giovanna Pinheiro inicia temporada na China
*João Vitor Castro é aluno do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Esta matéria teve orientação do editor de HZ, Erik Oakes
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