Usar gelo no rosto faz bem para a pele? Veja os cuidados necessários

Gelo virou tendência quando o assunto é cuidados de beleza com a pele, pelo menos para a turma do TikToK. Porém, seu uso requer cuidados, uma vez que pode causar até queimaduras na pele

Vitória
Publicado em 12/03/2022 às 09h01
Mulher usando gelo no rosto

O gelo no rosto pode trazer benefícios imediatos quando bem indicado. Crédito: Shutterstock

O calor não tem dado trégua. E, na rotina de skincare, o gelo que virou tendência quando o assunto são os cuidados de beleza com a pele, pelo menos para a turma da rede social TikToK. A técnica, que consiste na aplicação de gelo no rosto tem até nome: skin-icing. Mas será que essa prática realmente pode entregar benefícios à pele?

A dermatologista Monique Dalapicola, Instituto Pele, explica que o hábito de usar gelo direto na pele não é saudável. "O gelo aplicado diretamente na pele, pode causar lesões e até queimaduras. Ele pode trazer benefícios imediatos quando bem indicado, sob orientação médica, mas não traz benefícios a longo prazo para a pele".

A médica conta que gelo e compressas geladas funcionam como um anti-inflamatório porque eles promovem vasoconstrição, ou seja, um fechamento temporário dos vasos sanguíneos. "Então ele é indicado quando existe alguma lesão inflamatória, por exemplo, uma acne muito inflamada ou quando tem um inchaço na região dos olhos.

O gelo ajuda a diminuir esse edema quando a gente acorda, por exemplo. Porém, o gelo não é recomendado para quem tem rosácea, pois a pele com essa patologia é muito sensível e ele pode causar um efeito rebote com piora do problema. Para quem tem rosácea, ao invés do gelo, é recomendado aplicar uma água termal numa temperatura mais fria para ser borrifada no rosto", diz Monique Dalapicola. 

A dermatologista Renata Bortolini conta que o gelo pode ser incluído na sua rotina de skincare para controlar a temperatura da pele após a exposição solar excessiva, para a redução do inchaço matinal das pálpebras e para a melhora do aspecto da pele após uma note mal dormida. "Porém, deve ser aplicado da maneira correta, é importante envolver o gelo em um tecido de algodão limpo e usar em constante movimento para evitar o resfriamento excessivo e queimadura da pele".

Em peles sensíveis esse tipo de técnica costuma ser contraindicada. Renata Bortolini explica que o gelo reduz a produção de sebo durante o seu uso, e há um aspecto pós-resfriamento de melhora dos poros, mas é transitório. "Sabemos que, além da produção de gordura excessiva, os poros ficam mais visíveis pela perda do colágeno na pele". 

"As melhores alternativas são cubos de gelo preparados com rosa-mosqueta, chá-verde, chá de camomila ou aloe vera para aproveitar esse momento e entregar diferentes estímulos à pele"

"As melhores alternativas são cubos de gelo preparados com rosa-mosqueta, chá-verde, chá de camomila ou aloe vera para aproveitar esse momento e entregar diferentes estímulos à pele"

MÁSCARAS FACIAIS E ROLLERS

Já para quem é adepto das máscaras faciais, pode até utilizá-las geladas, mas o recomendado é ter orientação do dermatologista. "Cada pele tem uma necessidade diferente, isso é importante para a escolha da composição da máscara e a forma que irá usar aquele ativo. Algumas máscaras podem ser resfriadas para alcançar melhor os seus resultados, porém para ter a melhor entrega de resultados no skincare converse com o dermatologista e planeje os cuidados específicos para o seu tipo de pele e rotina", explica Renata Bortolini. 

Os famosos rollers podem ser usados todos os dias. "Eles não vão causar nenhum prejuízo à saúde da pele e pode ser usado gelado por esse efeito anti-inflamatório. Às vezes, ele vai promover uma sensação de conforto para o paciente", diz dermatologista Monique Dalapicola.

A médica ressalta que é preciso cuidado com as tendências de beleza lançadas na internet. "É preciso ter muito cuidado com essas tendências lançadas na internet, muitas vezes por profissionais não médicos. É sempre importante consultar um médico porque geralmente há muitos mitos envolvendo essas tendências e podem muitas vezes até ser prejudicais à saúde", diz Monique Dalapicola.

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