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3 cuidados importantes com animais de estimação diabéticos

Veterinária explica como manter a saúde de cães e gatos que convivem com a doença

Publicado em 27 de julho de 2024 às 17:00

Imagem Edicase Brasil
Diabetes também pode afetar os pets e, se não tratada, causa complicações graves  Crédito: Yaya Photos | Shutterstock

Assim como os humanos, os animais de estimação também podem ter diabetes. De acordo com dados do Programa de Cuidados ao Paciente Crônico da Petlove, 11% dos pets participantes, que possuem doenças crônicas, vivem com diabetes, uma enfermidade perigosa capaz de, em níveis avançados, acarretar cegueira súbita em cães e perda de peso lenta em felinos.

Assim, o acompanhamento médico é essencial para a saúde dos animais. Isso porque a diabetes é considerada uma doença crônica, que não tem cura. A médica-veterinária da Petlove Joana Portin explica que as causas da condição são multifatoriais. “Existem vários fatores que resultam na diabetes canina e felina. As mais comuns são obesidade e sedentarismo, mas não podemos ignorar a predisposição genética e o uso de corticoides, que podem acarretar a doença”, diz a especialista.

Sintomas da diabetes em animais

Para identificar os sintomas da doença, é preciso que os tutores estejam atentos aos animais, pois alguns sinais podem passar despercebidos. Entre eles, estão:

  • Sede excessiva;
  • Aumento da produção de urina;
  • Aumento do apetite;
  • Perda de peso;
  • Aumento da urina pela casa;
  • Acúmulo de formigas ao redor do xixi (podem passar facilmente despercebidos pelos tutores, ainda mais em casos em que não há acompanhamento veterinário).

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Manter uma rotina regular de alimentação é crucial para evitar oscilações nos níveis de açúcar no sangue do animal Crédito: Tatyana Vyc | Shutterstock

Cuidados com animais diabéticos

A prevenção é importante, mas aprender sobre o cuidado da diabetes em animais para que a condição não se agrave se torna ainda mais necessário. “O principal objetivo do tratamento é a diminuição da sintomatologia clínica por meio de um controle diário e contínuo da doença”, pontua a veterinária.

Para cuidar de pets diabéticos, deve-se manter uma rotina com dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, além de outras recomendações veterinárias. Joana Portin oferece algumas dicas que podem ajudar no cotidiano:

1. Alimentação adequada

Existem rações específicas no mercado para animais diabéticos, ricas em fibras e ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. Além disso, uma dieta alimentar deve ser indicada por um médico-veterinário, como o endocrinologista e o nutrólogo, e normalmente inclui alimentos com até 30% de carboidratos ricos em fibras.

“O especialista deve determinar a frequência das refeições, ajustadas aos horários das injeções de insulina. Manter uma rotina regular de alimentação é crucial para evitar oscilações nos níveis de açúcar no sangue. A comida deve ser sempre servida na mesma quantidade e nos mesmos horários”, explica Joana Portin.

Segundo ela, também é essencial não oferecer alimentos humanos aos bichinhos diabéticos. “É sempre importante lembrar que animais diabéticos não devem consumir de maneira alguma doces, chocolates, petiscos não dietéticos e outros alimentos como pães, arroz e frutas com alto teor de açúcar natural”, alerta.

2. Atividade física e rotina

A atividade física deve estar alinhada com a dieta e a rotina de um animal diabético. “Essa prática é essencial para o controle da glicemia e é importante que o tutor mantenha o animal hidratado, para evitar desidratação e oscilações nos níveis de açúcar no sangue e garantir o bem-estar geral do pet “, complementa a médica-veterinária.

3. Seringas de insulina e castração

As doses de insulina no tratamento de pets diabéticos são diárias, assim como com os seres humanos. Porém, é importante ressaltar que a quantidade precisa ser prescrita exclusivamente por médicos-veterinários, que vão avaliar individualmente o caso. “No caso das fêmeas, a castração é altamente recomendada. Isso porque ela pode evitar que os hormônios interfiram na ação da insulina”, finaliza Joana Portin.

Por Gustavo Mattos

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