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Publicado em 9 de junho de 2024 às 08:00
Adotar um animal de estimação é uma experiência especial que traz alegria, companheirismo e amor incondicional por muitos anos. No entanto, antes de tomar essa decisão, é importante estar ciente de que cuidar de um bichinho é um compromisso significativo e de longo prazo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, cerca de 30 milhões de animais abandonados viviam nas ruas; destes, 10 milhões eram gatos e 20 milhões, cachorros.
Os motivos para o abandono, conforme a pesquisa, variam desde problemas comportamentais até mudanças na vida dos tutores e falta de preparo. “O abandono animal ainda é comum no Brasil, não só aquele abandono na rua, mas também situações em que as pessoas não se acostumam com o pet e devolvem para ONGs ou o entregam para outros tutores”, comenta Marina Meireles, médica-veterinária comportamentalista no Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo. “ Pets também têm emoções e podem sofrer com essas mudanças drásticas de ambiente e pessoas”, completa.
Para orientar os futuros tutores, a veterinária aponta alguns passos importantes a serem avaliados antes de adotar. Confira.
Apesar de não terem os mesmos gastos que humanos, os pets também requerem cuidados que exigem um pouco mais do bolso. Esteja ciente dos valores gastos com check-ups , vacinas, ração, escola recreativa, remédios e brinquedos, mas lembre-se que esses ‘gastos’ não deixam de ser um investimento em saúde e bem-estar do bichinho. Ainda assim, caso não se sinta preparado, espere e aproveite o período para guardar dinheiro para quando o momento for mais favorável.
Tomada a decisão, é hora de procurar o próximo membro da sua família. Muitas instituições trabalham incansavelmente para resgatar cães e gatos e ajudá-los na espera de um lar. Pesquise abrigos confiáveis, avalie o histórico da instituição e entenda quais cuidados e cautelas eles tomam. Com certeza, seu novo melhor amigo estará lá.
Ao conhecer e ter contato com pets nas ONGs, avalie sua rotina e estilo de vida para ver se é compatível com o estilo do gatinho ou cão escolhido. Por exemplo, se seu ritmo de vida é mais agitado e barulhento, resgatar um bichinho mais calmo e sensível pode não ser a melhor combinação. Entender esses traços de personalidade é fundamental para uma boa convivência.
Com o pet nos braços, é importante respeitar seu espaço e deixar o lar o mais confortável possível. Cachorros muito novos, por exemplo, podem levar um tempo na adaptação ao novo ambiente, aos cheiros e às pessoas; gatos, por sua vez, costumam ter mais sensibilidade a sons altos e movimentos bruscos. Uma boa alternativa é escolher um cantinho próprio para o pet dormir e passar o tempo, integrando-o ao ambiente e facilitando sua adaptação.
Não é um passo obrigatório, mas, no caso dos cães é interessante considerar inserir reforços positivos em treinamentos; biscoitos, bolinhas, brinquedos e atividades recreativas facilitam essa experiência. Dessa forma, os laços com os humanos podem ser estreitados e a convivência se tornar mais harmoniosa.
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