• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Aluguel pet-friendly: como cães e gatos estão redefinindo o mercado imobiliário

Publicado em 10/10/2024 às 14h30
Cachorro / pet no condomínio

Cachorros tem sido cada vez mais frequentes em apartamentos e condomínios. Crédito: Shutterstock

A médica Luciana Nolasco vive em um apartamento alugado na Praia do Canto, em Vitória, com a filha Helena Nolasco e o marido, o publicitário Marcos de Souza Rosário. Para completar, a família conta ainda com uma golden retriever, Lora, e duas gatinhas, Rafa e Teca. Essa típica família faz parte de um percentual de apartamentos alugados com animais de estimação que vem aumentando consideravelmente nos últimos cinco anos no Brasil.

Um levantamento feito pelo QuintoAndar, a maior plataforma de moradia da América Latina, revela que no final do 2º trimestre de 2019, 35% das residências eram alugadas com pets. O percentual subiu para 43% ao final do 2º trimestre deste ano. Os dados levam em conta os contratos fechados pela empresa no período e endossam os números da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), que mostram que o segmento vem crescendo ano a ano no país.

"A presença de animais como companhia é uma realidade cada vez maior, inclusive para quem vive de aluguel. Aquela ideia de que há mais dificuldade em conseguir alugar um apartamento com um bichinho ficou para trás. Proprietários de imóveis que por alguma razão não permitem a entrada de inquilinos com pets acabam perdendo boas oportunidades de negociação”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.

A família Marcos Rosário, Helena Nolasco, Luciana Nolasco e seus pets

A família Marcos Rosário, Helena Nolasco, Luciana Nolasco e seus pets. Crédito: Acervo pessoal

O sócio-proprietário da Lobo Imóveis, Denys Lobo, ressalta que o Espírito Santo também não foge à regra. “Atualmente, 50% das locações residenciais feitas pela imobiliária são de locatários que possuem pets (cachorro ou gato). O número vem subindo nos últimos anos, principalmente de casas em condomínios, com quintal e um espaço mais adequado. Nos apartamentos, o mais comum é encontrar cachorro de pequeno porte e gatos, lembrando que a adoção deste último vem aumentando significativamente”.

A Lei do Inquilinato não traz nenhum posicionamento quanto aos pets, seja de proibição ou liberação. “Seguindo as diretrizes da lei, nós, enquanto imobiliária, não restringimos a presença dos animais nas residências locadas", diz Lobo, que completa:

Solicitamos aos locatários que fiquem sempre atentos aos cuidados dentro da residência e respeitem as normas de cada condomínio, a não ser que essa proibição seja diretamente do proprietário que está disponibilizando o imóvel para aluguel

Marcos Rosário explica que sua família deu sorte. “Encontramos uma proprietária que não proibiu que trouxéssemos um animal para o apartamento que alugamos e onde vivemos atualmente. Mas no primeiro prédio onde morei, a síndica tentou criar problema por conta da Lora ter mais de 10 quilos. Juntei em um documento várias jurisprudências sobre animais em edifícios e entreguei um caderno a ela junto com uma bela carta e nunca mais tive problema”, lembra.

Ele conta que a Lora está com ele desde os quatro meses. Agora, está com sete anos. “No início, como todo filhote, era bagunceira, mas aprendeu rápido a viver em apartamento. Além de passear duas vezes por dia para gastar energia e fazer as necessidades, Lora é muito educada, quase não late. Os vizinhos adoram ela, principalmente as crianças e idosos. Infelizmente ela não pode usar a piscina, se não a festa seria completa. Adora nadar”.

Lora, golden retriever no condomínio onde vive

Lora, golden retriever no condomínio onde vive. Crédito: Acervo pessoal

Helena Nolasco confirma a docilidade de Lora. “Ela é muito tranquila, ama se esparramar no sofá, toma o espaço todo. Ela foi muito importante pra mim, porque na escola antiga estava passando por algumas situações desagradáveis e Lora foi o meu apoio emocional, inclusive na transição para o outro colégio. Ela é demais e vive de boa aqui no apartamento”, conclui.

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