• Rachel Martins

    Uma jornalista que ama os animais, assim é Rachel Martins. Não é a toa que ela adotou duas gatinhas, a Frida e a Chloé, que são as verdadeiras donas da casa. Escreve semanalmente sobre os benefícios que uma relação como essa é capaz de proporcionar

Ansiedade por separação: como ensinar seu cão a ficar sozinho em casa?

Publicado em 15/05/2024 às 08h00
Cachorro ansioso

Na hora da ausência é que pode surgir a temida ansiedade por separação em cães. Crédito: Freepik

Só quem tem um cão sabe o quanto doi antes de sair de casa deixá-lo sozinho com aquela carinha de “pidão”, abanando o rabinho, tipo implorando para o tutor não fechar a porta. É de doer o coração. A questão é que hoje, ainda por cima, isso virou uma normalidade, principalmente com o número alto de casais sem filhos.

E embora a gente saiba do amor enorme que os tutores têm por seus cães, eles precisam exercer suas atividades diárias, como, por exemplo, trabalhar. Nessa hora da ausência é que pode surgir a temida ansiedade por separação em cães. Esse comportamento é uma reação de estresse que ocorre quando o cão percebe a iminência da separação ou a ausência do humano.

Com isso, ele pode apresentar latidos excessivos, uivos, comportamentos destrutivos, ficar ofegante ou babar, andar de um lado para o outro e até mesmo realizar as necessidades fisiológicas em local inadequado. Outros sinais, como lambedura excessiva de alguma parte do corpo, apatia e depressão também são bastante comuns.

“Alguns cães apresentam o problema após vivenciar situações traumáticas, como, por exemplo, se ferir ou ter sido exposto a um barulho desconhecido enquanto estava sozinho. Mas na maioria dos casos está mesmo associado à falta de hábito, o animal não foi acostumado a ficar longe do tutor quando era filhote”, explica a Marina Tiba, médica-veterinária, Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.

Ensinar o cão a ficar sozinho em casa é indispensável para o seu bem-estar e para a harmonia do ambiente doméstico. “O ideal é começar gradualmente, deixando o cão sozinho por curtos períodos e aumentando a duração à medida que ele se sentir mais confortável e estabelecer uma rotina, pois isso dará ao pet a sensação de segurança e previsibilidade”, explica Marina.

O reforço positivo é uma estratégia indicada. A ideia é fazer o cão associar a solidão com algo positivo. “Quando estiver em casa, o tutor deve deixar o pet em uma área separada, uma zona segura por um período curto, oferecendo brinquedos recheados com petiscos ou outros objetos de interesse, fazendo com que associe a ausência do tutor a um momento agradável”, conta Marina.

Um comportamento que pode exacerbar a ansiedade dos pets é a hora da partida ou chegada. O ideal é evitar longas despedidas antes de sair e ao retornar não fazer grandes comemorações, tornando esses momentos normais e rotineiros. Outra dica é ouvir música suave ou sons relaxantes pode ajudar a acalmá-los na ausência do tutor. É importante não associar isso apenas com a separação - mantenha ligado enquanto estiver em casa”, indica Marina.

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E se o cão continuar apresentando ansiedade por separação, é indispensável procurar a orientação do médico-veterinário.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de HZ.

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