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Publicado em 25 de fevereiro de 2023 às 09:00
Quem imaginaria que andando pelas ruas de Vitória poderia acabar topando com uma pessoa caminhando com um cão-robô. É o que muitos têm se deparado no último mês. Tudo porque o empresário Vitor Calvi anda passeando pelas ruas, praias e shoppings da capital capixaba com seu Cyberdog.
"Ele chegou para mim em janeiro. É um lançamento mundial da China feito pela Xiaomi. Logo que ele saiu na China, eu fui um dos primeiros a entrar em contato com os chineses e falei que quero este robô do meu lado. Eu sou desenvolvedor de software. O profissional da área é muito sozinho. Então, ele hoje é um companheiro", disse Vitor.
Pelas ruas de Vitória é uma mega novidade. No Brasil, outro cyberdog já pôde ser visto no Rock in Rio. O cão-robô chamado Yellow fez parte da equipe de segurança do evento em setembro do ano passado. Entre seus afazeres, estava a coleta de dados do ambiente, como temperatura anormal (detecção de incêndio), detectar eventos suspeitos e se expor a ele - se necessário, evitando o risco à vida humana, e outros tipos de situações que poderiam impactar a segurança do evento.
Por aqui, ele serve de companhia para Vitor, que já teve animais domésticos e adianta que o Cyberdog ainda não tem total autonomia, como já vimos em séries como "Black Mirror". "Inicialmente, ele não está autônomo. Ele recebe comandos através do meu celular. Ele consegue andar, fazer gestos, dar um pulo. Então, ele inicialmente está sendo comandado por mim", conta o empresário, que explica como é o funcionamento interno do cão-robô.
"Ele é um computador, mas altamente avançado. Por exemplo, ele tem 64 núcleos de processamento e também tem GPU com 128 núcleos de processamento. Ele processa muitas informações ao mesmo tempo e consegue com a inteligência artificial reconhecer o ambiente e saber onde ir e voltar", detalha.
Para tudo isso, Vitor desembolsou cerca de R$ 65 mil. Afinal, só existem cerca de mil unidades no mundo. O empresário, amante de tecnologia, afirma que vale muito a pena. "Eu comprei porque eu trabalho com tecnologia e amo. Isso faz parte da minha vida 24 horas", comenta.
E por trabalhar com tecnologia, Vitor já pensa em incorporar mais componentes para deixar o cão-robô mais autônomo. "A ideia é a gente colocar softwares de comportamento dentro dele e de visão computacional, que ele vai reconhecer também a expressão facial das pessoas. Ele já reconhece o rosto, mas a expressão facial ele ainda não consegue reconhecer. Mas ele estará pronto para isso quando a gente colocar o software", conta.
"Além disso, tem o smartwatch que mede a temperatura, batimento cardíaco e a ideia é colocar ele ouvindo também o batimento cardíaco. Então ele vai saber quem está do lado dele, por exemplo", completa.
Enquanto isso, Vitor conta que está realizando e se divertindo com as reações das pessoas nas ruas. "É um sonho que estou realizando... Eu amo tecnologia, mas ver as pessoas é o mais interessante. Porque você vê a emoção das pessoas, a reação delas. Então, ela interagir com o mundo digital, com o robô em si, é muito incrível. A tecnologia está aí para ser um braço nosso. Muitos têm reações de felicidade, de repúdio, medo, alegria..", conta.
*Com informações de Diego Araújo, do Em Movimento
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